Em ato semelhante ao orquestrado pela Receita Federal nos últimos dias, o sindicato que representa os servidores do Banco Central (Sinal) iniciou movimento de entrega de cargos de chefia na autarquia nesta segunda-feira (3). As informações são da Folha de São Paulo.
Segundo a entidade, a autoridade monetária conta com cerca de 500 posições comissionadas. Em nota, o Sinal afirmou que será elaborada uma lista nos próximos dias com os nomes de quem aderiu.
A coleta dos nomes será feita por meio de formulário eletrônico, disponibilizado hoje às 10h. Não só os chefes poderão assinar, mas também aqueles que se comprometem a não assumir os postos caso sejam convocados.
Ainda não há dados preliminares de quantos comissionados pretendem desistir da função, mas segundo a ANBCB (Associação Nacional dos Analistas do Banco Central do Brasil), que faz a gestão da plataforma de assinatura, em uma lista preliminar feita nas últimas semanas, cerca de 1.200 pessoas demonstraram interesse em aderir ao movimento. Entre elas, estão chefes e servidores que vão rejeitar os cargos.
O número representa quase um terço do total de servidores do BC, que atualmente é de 3.478.
Os servidores pedem reajuste salarial após o Congresso aprovar previsão de reposição apenas para policiais federais no Orçamento de 2022, com apoio do presidente Jair Bolsonaro (PL).
Apenas PF, PRF (Polícia Rodoviária Federal) e Depen (Departamento Penitenciário Nacional), além de agentes comunitários de saúde, obtiveram promessa de reajuste dentro do funcionalismo.
O Orçamento prevê R$ 1,7 bilhão para o reajuste, mas não há no texto uma previsão de uso dessa verba exclusivamente para essas carreiras policiais.
Após a reunião do Fonacate, a entidade ressaltou que a maioria dos servidores públicos federais está com o salário defasado em 27,2%, pois não há reajuste desde 2017.
Fonte: Folha de São Paulo
Créditos: Polêmica Paraíba