A segunda dose da vacina contra a covid-19 da Moderna pode ser administrada até seis semanas depois da primeira, em circunstâncias excepcionais – anunciou nesta terça-feira o grupo de especialistas em vacinação da Organização Mundial da Saúde (OMS).
O Grupo de Especialistas em Assessoramento Estratégico sobre Imunização (SAGE) recomenda a administração de duas doses da vacina da Moderna, com um intervalo de 28 dias, mas indica que a segunda injeção pode “ser adiada até 42 dias”, no caso de circunstâncias excepcionais, vinculadas a uma forte presença da doença em um país e à escassez de vacinas.
A OMS ainda não deu, no entanto, sua aprovação de emergência para essa vacina. A previsão é que a avaliação seja concluída no final de fevereiro.
A reunião do SAGE se concentrou, em particular, na vacina desenvolvida pela Moderna, já aprovada pelas autoridades reguladoras da saúde de vários países.
De forma mais geral, o grupo de especialistas não recomenda que a vacina seja usada em grávidas.
E enfatizam que a vacinação contra a covid-19 deve ser proposta independentemente do histórico de infecção sintomática, ou assintomática.
Asseguram ainda que os dados atuais mostram que uma reinfecção sintomática nos seis meses seguintes a um primeiro contágio é “rara” e recomendam às pessoas que testaram positivo no teste PCR durante esse período de tempo que adiem a vacinação até o final do mesmo.
Quanto às viagens internacionais, reiteraram sua posição de janeiro, em um momento em que cresce a pressão para a criação de um passaporte sanitário.
“No atual período em que a oferta de vacinas é muito limitada, a vacinação preferencial de viajantes internacionais iria contra o princípio da equidade”, afirmou o grupo, em suas recomendações.
“Por esse motivo, e devido à falta de evidências de que a vacina reduz o risco de transmissão, a OMS não recomenda a vacinação contra covid-19 para viajantes”, acrescentou.
Fonte: O Dia
Créditos: Polêmica Paraíba