Ativista, que cumpre prisão domiciliar, fez desabafos por meio de uma rede social sobre a forma como está sendo tratada pelo governo
Apoiadora do presidente Jair Bolsonaro, e principal nome do grupo bolsonarista “300 do Brasil”, Sara Winter fez críticas ao governo e ao presidente por meio de suas redes sociais. Ela reclamou da forma como vem sendo tratada pelo governo. “Não reconheço Bolsonaro. Não sei mais quem ele é. O homem que eu decidi entregar meu destino e vida para proteger um legado conservador”, disse a ativista.
Sara afirmou que não recebe mais orientações do presidente e que pessoas ligadas a ela estão sendo exoneradas de cargos nos ministérios. Ela foi servidora da pasta chefiada por Damares Alves, mas acabou desligada em outubro do ano passado. “Estão exonerando todos os que já tiveram contato comigo, a começar pelo Ministério da Damares” escreveu.
A ativista foi presa em 15 de junho, por ordem do ministro Alexandre de Moraes, do STF, no âmbito do inquérito que apura manifestações de rua antidemocráticas. Ela está em recolhimento domiciliar com uso de tornozeleira eletrônica desde o fim daquele mês.
No depoimento através do Facebook, Sara diz que está cansada do governo e reclama da falta de ajuda da ministra Damares Alves quando a extremista foi presa pela Polícia Federal no âmbito do inquérito sobre atos antidemocráticos.
Ela acrescentou que um ofício protocolado por sua defesa no Ministério, no mês de junho, sobre sua prisão, que classifica como “política”, não foi analisado: “O ofício que meus advogados protocolaram no Ministério dos Direitos Humanos no dia 17 de Junho sobre a prisão política está jogado lá, nem olharam, tampouco responderam”, diz a publicação.
Ainda de acordo com a apoiadora do governo, ela e os demais participantes do grupo “300 do Brasil” foram proibidos de hostilizar jornalistas e foram aconselhados por deputados da base aliada a “não falar mais um ai do Maia ou do STF”, se referindo ao presidente da Câmara dos Deputados e ao Supremo Tribunal Federal.
Fonte: IstoÉ
Créditos: Polêmica Paraíba