O presidente Jair Bolsonaro (Sem partido) afirmou nesta terça-feira (14) que o governo enviará ao Congresso uma nova MP (Medida Provisória) com o reajuste do salário-mínimo para R$ 1.045, que terá validade a partir de 1º de fevereiro.
“Nós tivemos uma inflação atípica em dezembro. Não esperávamos que fosse tão alta assim. Isso ocorreu, basicamente, pela alta no preço da carne. Temos que fazer com que o valor do salário mínimo fosse mantido. Via Medida Provisória, ele passa de R$ 1.039 para R$ 1.045”, disse.
Para reajustar o valor do mínimo em 2020, o Executivo considerou uma inflação mais baixa (3,86%) do que o percentual que foi anunciado oficialmente na última semana (4,48%). Pela projeção inicial, o salário mínimo passou de R$ 998 para R$ 1.039.
Pelos cálculos da equipe econômica, o aumento de R$ 6 no valor do salário-mínimo terá um impacto de R$ 2,13 bilhões nas contas públicas. Para cada R$ 1 de aumento no piso salarial, o impacto para os cofres públicos é de R$ 355 milhões.
O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou que o governo deve anunciar nos próximos dias uma arrecadação extra de R$ 8 bilhões que deve cobrir o aumento de despesas com a alta da salário mínimo. Ele não detalhou de onde virão esses recursos.
“Agora, naturalmente, dependendo das coisas que estamos estimando, se não acontecerem, pode haver um contingenciamento ali na frente. O importante é o compromisso do presidente com a manutenção do poder de compra do salário mínimo, que é uma cláusula Constitucional”, afirmou Guedes.
Fonte: Bol
Créditos: Bol