O Ministério de Minas e Energia vai mudar as regras de eficiência energética para geladeiras e congeladores de uso doméstico no Brasil. A nova medida foi publicada no Diário Oficial da União em 8 de dezembro.
O que diz a nova regra?
Chamada Programa de Metas para Refrigeradores e Congeladores, a regra determina novos Índices de Eficiência Energética.
A resolução inclui refrigeradores e congeladores de uso doméstico, de fabricação nacional ou importados, para comercialização ou uso no Brasil.
O objetivo é retirar gradativamente do mercado os equipamentos de menor eficiência. Segundo o ministério, com a mudança, a partir de 2028, os produtos que estarão disponíveis nas lojas serão, em média, 17% mais eficientes que os disponíveis hoje no mercado nacional.
Produtos “mais eficientes”. Também de acordo com o órgão, a “nova resolução vai garantir que, a partir de 2028, os produtos que estarão disponíveis nas lojas sejam mais eficientes.”
A medida gera obrigações apenas para os fabricantes, importadores e comercializadores dos equipamentos. Ou seja, os consumidores que já têm refrigeradores e congeladores não precisam substituí-los para estar de acordo com a nova regra.
“Esta resolução traz um grande avanço nos esforços do país para a transição energética. Estamos nos alinhando às melhores práticas internacionais em termos de eficiência energética”, destacou o ministro de Minas e Energia, Alexandre Silveira, em nota divulgada pela pasta.
Indústria prevê preços mais altos
Produtos mais caros. Segundo a Folha de S.Paulo, a Eletros, Associação Nacional dos Fabricantes de Produtos Eletroeletrônicos, prevê que a mudança pode gerar a saída de refrigeradores mais baratos do mercado.
Tal medida elevaria o preço mínimo do item para mais de R$ 5.000. Ainda de acordo com o jornal, o presidente da entidade, Jorge Nascimento, afirma que, ao excluir do mercado as opções mais baratas, a mudança elitiza o setor.
“A gente encara essa decisão como muito prejudicial. As classes C, D e E da população já responderam por 36% do nosso mercado há cinco anos. Hoje elas são somente 11%. E vai diminuir ainda mais”, disse Nascimento à publicação.
Fonte: UOL
Créditos: Polêmica Paraíba