Atração

Rua em Juiz de Fora vira ponto turístico após atentado contra Bolsonaro

A rua Halfeld, no centro de Juiz de Fora (MG), era apenas mais um calçadão popular, com lojas e intensa atividade comercial de ponta a ponta, até a última quinta-feira (6), quando o presidenciável Jair Bolsonaro.

A rua Halfeld, no centro de Juiz de Fora (MG), era apenas mais um calçadão popular, com lojas e intensa atividade comercial de ponta a ponta, até a última quinta-feira (6), quando o presidenciável Jair Bolsonaro (PSL) foi esfaqueado durante atividade de campanha. Desde o episódio, segundo relatos ouvidos pela reportagem do UOL neste sábado (8), o local do ataque passou a atrair curiosos e turistas, que a todo momento param para tirar selfies ou conversar a respeito do ataque.

Com uma camisa que estampava o apoio a Bolsonaro, o policial Walter de Barros, 49, foi um dos que aproveitaram a manhã de forte calor em Juiz de Fora, para visitar o local situado entre as ruas Halfed e Batista de Oliveira.

Natural do município fluminense de Duque de Caxias, ele disse que enviaria a selfie a amigos policiais do Rio pelo WhatsApp. “Esse lugar aqui ficou famoso. O pessoal já estava falando comigo aqui no WhatsApp e perguntando da selfie”, comentou.

Barros declarou que é eleitor de Bolsonaro e que a facada que por pouco não matou o presidenciável do PSL é “a prova de que ele é bom”. “É por isso que querem tirá-lo. Isso que aconteceu é a prova que ele é bom. Se não fosse, não tentariam matá-lo”, disse.

A carioca Mariana Lemos, também eleitora de Bolsonaro, disse que chegou a Juiz de Fora na sexta-feira (7) para aproveitar o feriadão do Dia da Independência. Ela revelou que estava planejando a viagem no momento em que Bolsonaro foi esfaqueado por Adélio Bispo de Oliveira –preso e transferido para a penitenciária federal de Campo Grande (MS).

“Quando eu li as notícias, já imaginava que as pessoas ficariam curiosas para conhecer [o local]. Com certeza vale uma selfie”, disse Lemos.

A rua Halfield é, de acordo com as pessoas que trabalham na região, o mais importante ponto de comércio na cidade. A parte baixa é fechada para carros e tem início no cruzamento com a avenida Getúlio Vargas, uma das principais vias da cidade.

Estende-se em um longo calçadão até a esquina com a avenida Rio Branco, onde está o antigo Paço Municipal (prédio histórico que abrigou a sede da prefeitura entre 1918 e 1997). O imóvel é considerado um dos marcos arquitetônicos do município.

No calçadão, neste sábado, era possível observar cabos eleitorais entregando santinhos e pedindo votos a vários candidatos. Há relatos de que todos os grandes políticos mineiros já passaram por ali durante campanhas.

Também foi possível identificar que em cada esquina havia duas ou mais pessoas conversando sobre o ataque a Bolsonaro e as consequências políticos do fato.

“Só se fala disso aqui desde ontem [sexta-feira]”, disse a comerciante Ádria Cristina dos Santos, 36, que trabalha a poucos metros do ponto onde o agressor golpeou o candidato.

De acordo com Santos, que tem uma barraca com mochilas e bolsas, o volume de vendas aumentou com o atentado.

“Muita gente que estava saindo do serviço parou e veio aqui ver o que estava acontecendo. Aí eles aproveitam e compram alguma coisa”, declarou. “Mas também tem muita gente que passa aqui e não compra nada, só pergunta se a gente viu o que aconteceu.”

Mais à frente, um homem caminhava conversando no celular, via chamada de vídeo de um aplicativo de mensagens, com o pai. Ao se aproximar da esquina entre as ruas Halfeld e Batista de Oliveira, ele declarou: “Estou aqui investigando o que aconteceu com o nosso candidato”.

Um rapaz mais jovem, que trabalha em uma pastelaria próxima, emendou: “A rua Halfeld nunca esteve tão famosa.”

Fonte: Uol Notícias
Créditos: Hanrrikson de Andrade