O ministro do Desenvolvimento Regional, Rogério Marinho, compareceu a uma comissão da Câmara nesta terça, convocado para dar esclarecimentos sobre a audiência na qual recebeu ano passado em seu gabinete Jair Renan, filho de Jair Bolsonaro, que foi acompanhado de representantes de uma empresa privada. Renan foi ao encontro com dirigentes da empresa Gramazini Granitos e Mármores Thomazini. O filho de Bolsonaro recebeu um carro elétrico dessa empresa.
Marinho confirmou à comissão que a audiência foi solicitada pelo gabinete do presidente Bolsonaro, por um de seus auxiliares, disse.
Perguntado pelo deputado Léo de Brito (PT-AC), autor do requerimento, se ficou constrangido nesse encontro, Marinho respondeu que não.
— Não causou constrangimento. Ele entrou calado e saiu calado. Só soube que era filho do presidente porque alguém me apresentou a ele — disse Rogério Marinho na comissão.
O ministro contou que a empresa tratou sobre inovação tecnológica em área habitacional e encaminhou a pretensão da empresa à Secretaria de Habitação da pasta, “que recebe cotidianamente centenas de contribuição e que levam adiante ou não”, disse.
O ministro estava evitando o assunto. Ele foi convocado para falar somente sobre este tema. No início da reunião na Comissão Financeira de Fiscalização e Controle, o ministro falou por 52 minutos e nem sequer tocou na reunião com Jair Renan e os representantes da empresa. Marinho tratou de suas ações no ministério, discorreu sobre a transposição do Rio São Francisco, sobre carros-pipas, obras inacabadas, entre outras políticas da pasta.
Todos os demais deputados da comissão nem tocaram também no assunto e preferiram falar de emendas parlamentares. Vários deles rasgaram elogios ao ministro.
Fonte: O Globo
Créditos: Polêmica Paraíba