O resultado das eleições estaduais apresentando a reeleição do governador Ricardo Coutinho neste domingo o consagra, sem tirar nem por, na mais importante e forte liderança política do Estado porque, somente ele foi capaz de vencer os então imbatíveis grandes lideres, a exemplo de José Maranhão em 2010 e agora Cássio Cunha Lima. É a primeira vez em toda a história do lider tucano que ele perde a disputa para um adversário.
Não importa neste momento identificar a repercussão e desdobramentos futuros que este cenário terá diante deste maior Lider, agora imbatível, diante dos projetos e ações a por em prática no amanhã, nem muito menos buscar resgatar análises e conceitos comportamentais. Neste momento de nada valem.
Contrariando a lógica vigente, Ricardo brigou com a classe política, ou seja, com a maioria dos deputados e lideranças municipais mas, quando precisou, trouxe para perto quem podia lhe dar condições de vitória.
PASSO A PASSO DA SOBERANIA I
Foi assim, desde 2004 quando para ser prefeito de João Pessoa trouxe para perto o PMDB e com Manoel Júnior promoveu a aliança colocando o deputado federal como vice, gerando condições de vencer o então candidato Ruy Carneiro.
Sua performance na gestão da PMJP foi tão forte na repercussão popular e nesse diapasão sabedor de que não havia adversário tirou Manoel Junior da Vice e colocou Luciano Agra com os pemedebistas chiando mas sem reação à altura porque a candidatura de João Gonçalves não ameaça em nada.
PASSO A PASSO DA SOBERANIA II
Já decidido a ser candidato a governador, em 2010, sem contar mais com o PMDB e parte do PT, Ricardo agiu rápido e trouxe para perto dele com apoio e tudo a força do grupo Cunha Lima, através do atual senador Cássio, precisando antes paparicar e convencer o lider maior Ronaldo Cunha Lima. Aliado a esse agrupamento atraiu e selou acordo com DEM.
Nesse processo todo o contexto ideológico de que defendia foi para cucuias.
Mas, nessa construção consolidada derrotou José Maranhão em 2010.
PASSO A PASSO DA SOBERANIA III
Em 2014, o cérebro político de RC operou uma jogada fantástica no primeiro turno seqüenciada de outra no segundo turno. Simplesmente enfraqueceu o PMDB negociando nos bastidores uma aliança que por pouco não se efetivou e, ato contÍnuo, fechou com o PT – melhor dizendo com Luciano Cartaxo – selando reforço decisivo para seu crescimento na Grande João Pessoa, onde enfrentava resistência dos segmentos organizados, sobretudo do Funcionalismo , também enfraquecendo a resistência petista.
No segundo turno, como se previa, atraiu o PMDB para seu palanque e gerou compromissos para 2016, menos em João Pessoa, mas consolidou vitoria com esse fundamental apoio.
Lembrem-se que Ricardo superou sem grilos toda a fase de criticas veladas feitas a ele por Maranhão, Veneziano e Vital jogando o jogo do pragmatismo de resultados e mais do que impediu a tentativa de desconstrução de sua imagem pelo adversário.