Léo Índio

Réu pelo 8 de Janeiro, sobrinho de Bolsonaro foge para a Argentina

Réu pelo 8 de Janeiro, sobrinho de Bolsonaro foge para a Argentina

Leonardo Rodrigues de Jesus, conhecido como Léo Índio e sobrinho de Jair Bolsonaro, tornou-se réu no Supremo Tribunal Federal (STF) por sua participação nos atos golpistas de 8 de janeiro. Recentemente, ele fugiu para a Argentina, onde adotou o nome “Léo Bolsonaro” e afirmou estar em busca de exílio no país de Javier Milei.

Em 2024, Léo Índio foi eleito suplente de vereador em Cascavel, Paraná. Ele deixou o Brasil há 22 dias e solicitou asilo alegando “perseguição política”, com seu pedido atualmente sob análise do governo Milei.

Dados da Comissão Nacional para os Refugiados (Conare) da Argentina indicam que, entre janeiro e outubro de 2024, pelo menos 181 brasileiros solicitaram refúgio no país.

No dia 28 de fevereiro, a Primeira Turma do STF aceitou, por unanimidade, a denúncia contra Léo Índio, tornando-o réu por sua participação nos atos que resultaram na depredação das sedes dos Poderes. A Procuradoria-Geral da República afirma que ele estava presente na Praça dos Três Poderes durante a invasão, incentivando os manifestantes a permanecerem no local e divulgando conteúdos favoráveis aos atos golpistas.

Os crimes denunciados incluem abolição violenta do Estado Democrático de Direito, golpe de Estado, dano qualificado e deterioração do patrimônio tombado, conforme previsto no Código Penal e na Lei de Segurança Nacional.

Léo Índio argumenta que se tornou alvo da PGR por ter “tirado uma foto” na Praça dos Três Poderes enquanto os golpistas invadiam o STF, o Palácio do Planalto e o Congresso.

A coluna tentou contato com a advogada de Léo Índio no STF, Clarice Pereira Pinto, mas não obteve resposta até a publicação deste artigo. O espaço permanece aberto para novas manifestações.