Você se lembra do caso do segurança negro George Floyd assassinado por policiais nos Estados Unidos? Da mulher indiciada por racismo e injúria após agredir verbalmente um homem, e dizer que “odeia a raça negra”, em dois estabelecimentos de João Pessoa? Do ator JP Rufino que compartilhou prints de mensagens racistas que recebeu no Instagram? Da empresária e namorada do DJ Rennan da Penha que foi até o banco Itaú e saiu de lá para a delegacia? Da jornalista Maju Coutinho, da TV Globo, que foi vítima de ataques racistas mais de uma vez.?
Relembre a seguir, esses e outros casos marcantes contra negros que aconteceram no Brasil e no restante do mundo neste ano de 2020.
Mulher é indiciada por racismo e injúria racial após dizer que ‘odeia a raça negra’, na PB
Na Paraíba, uma mulher foi indiciada por racismo e injúria racial após agredir verbalmente um homem, Daniel Lima, e dizer que “odeia a raça negra”, em dois estabelecimentos de João Pessoa. As agressões verbais foram flagradas em vídeos, que repercutiram nas redes sociais.
Ator JP Rufino
Em janeiro, o ator JP Rufino compartilhou prints de mensagens racistas que recebeu no Instagram. “Vai tozar (sic) esse cabelo horrível. F***: índios, pretos e pobres! (como tu [Rufino]) e a Marielle [Franco, vereadora assassinada em 2018] também!”, escreveu o agressor.
Caso Lorenna Vieira
No dia 30 de janeiro, Lorenna Vieira, empresária e namorada do DJ Rennan da Penha, foi até o banco Itaú e saiu de lá para a delegacia. Ela diz que funcionários do local a enrolaram até o banco fechar, pois haviam acionado as autoridades, desconfiados de uma possível fraude. A influencer afirma que os policiais que a escoltaram, todos eles brancos, agiram com “o maior deboche, maior desrespeito, maior preconceito”.
Posteriormente, o Itaú se desculpou e disse que “o procedimento adotado é padrão em casos de suspeita de fraude, e não tem qualquer relação com questões de raça“. No Twitter, internautas subiram a hastag #ItauRacista.
Jornalista Maju Coutinho e BBB Thelma Assis
Na televisão, a jornalista Maju Coutinho, da TV Globo, foi vítima de ataques racistas mais de uma vez. No início de março, a Justiça de São Paulo condenou dois homens pelos crimes de racismo e injúria racial contra a global. Utilizando perfis falsos em redes sociais, os dois acessaram a página da emissora e proferiram injúrias contra Maju, referindo-se a sua raça e cor.
No dia 30 daquele mês, o empresário Rodrigo Branco, famoso guia de turismo de celebridades, fez pronunciamentos racistas contra a apresentadora e contra Thelma Assis, vencedora do BBB 2020.
Caso George Floyd
O segurança George Floyd morreu no dia 25 de maio, após Derek Chauvin, na época policial de Minnesota, Estados Unidos, ficar ajoelhado no pescoço dele por oito minutos e quarenta e seis segundos. A cena foi filmada por várias pessoas e mostram Floyd deitado no chão e algemado, dizendo que não conseguia respirar. Chauvin e outros três policiais que ajudaram a conter Floyd foram demitidos no dia seguinte.
George estava sendo acusado pelos agentes de utilizar uma nota 20 dólares falsificada em uma loja de conveniência. O assassinato do segurança motivou manifestações em várias partes do mundo e iniciou uma onda de protestos contra o racismo e a violência policial americana que durou oito dias seguidos.
Cantora Ludmilla
Em junho, a cantora Anitta precisou se posicionar sobre os ataques racistas que a colega Ludmilla vinha sofrendo dos seus fãs. “Criminosos covardes que se dizem meus fãs estão propagando mensagens de racismo e injúria racial nas redes sociais. Já disse e repito: Isso é abominável“, publicou.
Entregador sofre ataques racistas
Um dos casos de Goiânia que repercutiu nacionalmente foi do entregador Elson Oliveira Santos. Ao chegar em um condomínio de luxo da capital para entregar uma refeição, o cliente se recusou a receber o pedido e enviou mensagens de teor racista para os proprietários da hamburgueria.
“Esse preto não vai entrar no meu condomínio”, “Mandar outro motoboy que seja branco“, “Eu não vou permitir esse macaco“, lê-se. O Ifood baniu o cliente responsável pelas mensagens.
Cliente ofende garçom negro
Em dezembro de 2020, a dona de uma lanchonete em Campina Grande, prestou um Boletim de Ocorrência após uma cliente enviar mensagens de cunho racista contra um funcionário do estabelecimento, através de uma rede social.
Conforme o estabelecimento, o cliente teria enviado mensagens onde se dizia desconfortável por ter “avistado um funcionário de cor escura atendendo” e que não se sentia bem “sendo atendido por um negro”.
Na conversa, o funcionário que estava respondendo as mensagens questiona se as mensagens se tratavam de uma “brincadeira” e a pessoa diz que não e ainda que achava que o estabelecimento fosse “um local de família”.
Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba