Um incêndio de grandes proporções mobiliza, desde sexta-feira (27), pelo menos duas centenas de pessoas, incluindo 24 bombeiros, na Chapada dos Veadeiros, no centro-oeste do país. O fogo começou há uma semana e, segundo as autoridades, tem origem humana, possivelmente criminosa. O Corpo de Bombeiros de Goiás estima que já foram destruídos 65 quilômetros quadrados.
De acordo com o Corpo de Bombeiros, os focos de incêndio das regiões do Sertãozem, Vale Dourado e Tocantizinho foram extintos. Porém, após sobrevoo pela área hoje (29), a corporação constatou mais dois novos focos, sendo um na região do Rio dos Couros, de aproximadamente oito quilômetros.
Segundo as autoridades, choveu na região entre a noite de ontem (28) e a manhã de hoje, mas as chuvas não foram suficientes para apagar o fogo. “A chuva caiu em alguns locais isolados, mas insuficiente para o combate às chamas”, disse o Corpo de Bombeiros, em nota. “Embora a precipitação hídrica de ontem tenha ajudado a enfraquecer alguns focos, as ações de combate continuam de maneira intensiva no Parque Nacional da Chapada dos Veadeiros”, concluiu a instituição.
Hamilton Sá, voluntário da Rede Contra Fogo que está no centro de comando das operações de combate aos focos de incêndio em Alto Paraíso, informa ainda que o trabalho no local irá continuar. “Temos 120 brigadistas treinados e pelo menos mais cem voluntários que se envolveram nessa operação”, disse.
Responsabilidade
Ainda segundo os bombeiros, a Delegacia Estadual do Meio Ambiente foi acionada para investigar as causas e achar os possíveis incendiários. A instituição trabalha com a hipótese de que o fogo tenha tido origem criminosa.
De acordo com Christian Niel Berlinck, coordenador de emergências ambientais do ICMBio, nesta época do ano, o governo do Estado de Goiás, que é o responsável pelas autorizações de uso do fogo, não autoriza qualquer queimada. “O fogo tem origem humana e, portanto, é ilegal. Neste momento, estamos preocupados em controlar os incêndios, em um segundo momento acompanharemos a investigação de causa e origem para possíveis responsabilizações”, disse.
Fonte: UOL
Créditos: Eduardo Schiavoni