Expectativa

PSOL pede reunião com chefe da Polícia Civil sobre caso Marielle

O PSOL solicitou, na quarta-feira, uma reunião com o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, para obter informações sobre as investigações dos assassinatos da vereadora da legenda, Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes.

O PSOL solicitou, na quarta-feira, uma reunião com o chefe da Polícia Civil, delegado Rivaldo Barbosa, para obter informações sobre as investigações dos assassinatos da vereadora da legenda, Marielle Franco, e de seu motorista Anderson Gomes.

O pedido ocorre após o conteúdo das declarações de uma testemunha ter sido revelado pelo jornal O Globo. São três depoimentos que implicam o vereador Marcello Siciliano (PHS) e o ex-policial militar Orlando Oliveira Araújo, que atualmente está preso sob acusação de liderar milícia na cidade.

Marielle e Anderson foram executados na noite de 14 de março. De acordo com as reportagens do jornal, o depoente havia trabalhado para milícia envolvida no crime e sido ameaçado de morte, razão pela qual decidiu revelar o que sabia em troca de proteção. O veículo disse que a Secretaria de Estado de Segurança do Rio de Janeiro (Seseg) determinou ao comando da Polícia Civil que garanta a segurança da testemunha.

O órgão informou que “não vai divulgar informações sobre a investigação”. O vereador Marcello Siciliano publicou nota e também concedeu coletiva em que se disse revoltado com as acusações. Ele afirmou que nem sequer conhece Orlando

Expectativa
A expectativa do PSOL é que o encontro com o delegado Rivaldo Barbosa ocorra no início da próxima semana, entre segunda e terça-feira, conforme informou o vereador Tarcísio Motta. “Vamos saber o que ele pode nos revelar sobre como anda o inquérito. Por enquanto, aguardamos que as investigações possam corroborar ou não esse depoimento vazado para a imprensa. No nosso entendimento, não nos cabe fazer qualquer juízo de valor antes que a polícia prossiga com o inquérito e determine se as alegações dessa testemunha tem valor para o caso.”

Ainda de acordo com as reportagens do jornal, a testemunha teria dito que Marielle estaria contrariando interesses políticos de Marcello Siciliano na zona oeste. A testemunha também teria mencionado nomes de outros envolvidos no assassinato e afirmado que as mortes do policial militar Anderson Claudio da Silva e do líder comunitário Alexandre Pereira, colaborador do mandato do vereador do PHS, foram queima de arquivo.

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“O vazamento, sob certo ponto de vista, prejudica as investigações, embora pressione para que elas avancem. De qualquer forma, a polícia precisa juntar provas materiais que corroborem com o depoente, ou não”, avalia Tarcício Motta.

A bancada de vereadores do PSOL também se reuniu com o presidente da Câmara Municipal do Rio, Jorge Felippe (MDB). “Foi uma conversa informal. Como hoje a sessão caiu por falta de quórum, nós aproveitamos para conversar sobre as últimas notícias veiculadas na imprensa e as impressões de cada um. Não se tratou de numa reunião formal que visasse algum tipo de encaminhamento ou de medida institucional”, explicou Tarcísio.

Fonte: Veja
Créditos: Veja