Violência

Professor é demitido após denúncias de assédio sexual contra alunas

O professor da Escola Superior de Agricultura, Claudio Lima de Aguiar, da Universidade de São Paulo (USP), foi exonerado pela instituição após denúncias de assédio moral e sexual contra alunas.

Foto: USP – São Paulo

 

O professor da Escola Superior de Agricultura, Claudio Lima de Aguiar, da Universidade de São Paulo (USP), foi exonerado pela instituição após denúncias de assédio moral e sexual contra alunas.

Com a mobilização de alunas e pesquisadoras que foram assediadas, a USP instaurou em setembro de 2019 uma sindicância e um processo administrativo contra o docente. Oito mulheres, todas ex-orientandas, depuseram contra ele na condição de vítimas, além de outras cinco como testemunhas.

Uma das vítimas, que preferiu não ser identificada, relatou que foi vítima de assédio sexual pelo professor e contou a situação:
“Eu fui mostrar os resultados que eu já tava tendo do mestrado pra esse professor e foi num fim de tarde, em março de 2016. Até que num momento ele falou assim: ‘parece que você tá muito tensa, vamos relaxar’ e começou a fazer massagem nos meus ombros. Ele encavalou atrás de mim, ele passou a perna atrás de mim e como eu tava sentada num banco, ele aproximou a carteira e começou a fazer massagem, e, nesse momento, eu me senti muito acuada. Ao momento que ele põe a mão por baixo da minha blusa e abre meu sutiã. E quando ele faz isso, eu travo as mãos no corpo, a ponto de não querer que ele venha pra frente e a única frase que eu consigo falar é: ‘para, professor!'”

A mulher disse que na época ficou com medo de contar o ocorrido para outras pessoas. “Eu passei muito tempo sem conseguir dormir direito. Eu dormia, sonhava com as situações. Eu mudei totalmente o meu relacionamento com meu marido. Você perde a confiança totalmente em homens.”

Além disso, práticas de assédio moral também eram cometidas pelo professor. Segundo o aluno, o acusado parecia não se importar em fazer isso na frente de todos. “Eu, por exemplo, ele nunca me chamou na minha frente, mas todo mundo relatou que ele me chamava de ‘gayzinho’. Uma colega minha ele chamava de ‘a gorda’. Tinha uma outra menina que ele chamava de ‘songa-monga.'”

Ainda conforme a testemunha, o professor usava esses “apelidos” na frente de outras pessoas e até em reuniões

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba