Na Argentina

Processo de extradição do casal Braiscompany segue sem previsão de conclusão após quase seis meses

O casal estava foragido desde fevereiro de 2023, e já foi condenado por crimes contra o sistema financeiro.

Foto: reprodução
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Presos desde o dia 29 de fevereiro deste ano pela Interpol, na Argentina, o casal sócio-proprietário da Braiscompany, Antônio Inácio da Silva Neto e Fabrícia Farias, ainda aguarda a conclusão do processo de extradição para retornar ao Brasil. Eles seguem em prisão domiciliar, proibidos de deixar a residência, sob monitoramento eletrônico por GPS (tornozeleira) e o caso de ampla repercussão em todo o país segue sem novidade.

No dia 21 de maio, o empresário paraibano conseguiu uma autorização da Justiça da Argentina para ser transferido de forma imediata para prisão domiciliar, e ficar junto da esposa, Fabrícia Farias, que havia recebido o benefício desde a captura, para cuidar dos filhos menores.

O casal estava foragido desde fevereiro de 2023, e já foi condenado por crimes contra o sistema financeiro. Os dois devem ser extraditados para o Brasil, para o cumprimento das penas, que, somadas, chegam a 150 anos de reclusão.

Destino será a prisão

De acordo com o advogado especialista em blockchain e combate a golpes financeiros, Artêmio Picanço, conhecido como o terror dos piramideiros, Antônio irá ser preso assim que chegar ao Brasil, e irá responder o processo de crime contra o sistema financeiro nacional e organização criminosa.

“O caso é que Antônio está num processo de extradição, ele teve a liberdade concedida para a prisão domiciliar, não muda nada o processo de extradição que está em rigor no Brasil. Nesse momento a gente precisa aguardar esse procedimento que demora alguns meses para que aconteça nada que não mudou. Ele sendo extraditado será preso e recolhido porque existem medidas de prisão preventiva decretadas contra ele”, disse em entrevista.

O advogado ainda passou orientações à população para não caírem no golpe de outras empresas similares. “A pessoa deve observar uma rentabilidade, quando ela é fora do mercado, com muita atenção para verificar se essa atividade é licita. E com relação a recuperação dos valores, a última tentativa que resta é a judicialização, entrar com uma ação. Pois acaso não seja possível esse ingresso judicial, esse dinheiro vai restar todo direcionado à união. A não ser que você entre com um processo e aí será considerado lesado aos olhos da lei, que aí os valores apreendidos e os bens que estão com a justiça passam a ser daqueles que ingressam ao judiciário”, alertou.

Fonte 83