Novo chefe da Casa Civil, o senador Ciro Nogueira (PP-PI), está cercado de privilégios e é uma aposta alta do governo. Prova disso é que ele terá uma posse isolada no Palácio do Planalto nesta quarta-feira (04). Isso significa que o ministro da Secretaria-Geral da Presidência, Luiz Eduardo Ramos, e do Trabalho, Onyx Lorenzoni, não assumirão seus cargos na mesma cerimônia.
A ideia teve o aval do presidente Jair Bolsonaro (sem partido), que quer dar demonstração de força do novo ministro, alçado ao cargo com a missão de fazer a interlocução política com outros poderes. Ciro inclusive pretende passar essa mensagem em seu discurso: de pacificação e estabilidade política e harmonia entre poderes. Isso em um momento em que o embate entre o Executivo e o Judiciário aumenta com os ataques do presidente à Justiça Eleitoral.
Segundo a CNN, um dos citados no seu discurso deverá ser o ministro da Justiça, Petrônio Portella, tio-avô de suas filhas. Piauiense como Ciro, Petrônio foi ministro durante o governo Figueiredo, o último da ditadura militar, e teve como missão, na condição de civil, abrir negociações principalmente com o Congresso Nacional pela abertura política.
Ciro tem dito ver similaridades dele com Petrônio, que é tio de sua ex-mulher, Iracema Portella. Ambos são do Piauí, civis, rodeados de militares e com a missão de abrir diálogo com outros poderes.
Fonte: CNN
Créditos: Polêmica Paraíba