A indicação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada brasileira nos Estados Unidos, em Washington, não preocupa o presidente do PSL, Luciano Bivar. Pelo contrário. A pessoas próximas, ele confidencia que vê até com bons olhos. Não é para menos. Para ser embaixador, o filho de Bolsonaro precisaria se desfiliar.
Com isso, os recursos do fundo partidário que seriam destinados a ele ficariam com o partido. Se o Congresso aprovar a ampliação prometida para o fundo, o partido terá quase R$ 500 milhões para as eleições de 2020. Cálculos internos apontam que os votos de Eduardo correspondem a 20% do fundo.
Como esta coluna já mostrou, as chances de aprovação de Eduardo Bolsonaro, tanto na Comissão de Relações Exteriores quanto no plenário, são enormes. As duas votações são por maioria simples. Há poucas possibilidades de os senadores recusarem um pedido pessoal do presidente — a crise aberta teria proporções inimagináveis.
O custo político da aprovação de Eduardo Bolsonaro para a embaixada e da reforma da Previdência no Senado vai implicar mudanças na diretoria do Fundo Nacional de Desenvolvimento da Educação (FNDE), órgão subordinado ao Ministério da Educação, com orçamento de cerca de R$ 55 bilhões. No Congresso, as informações são de que o PP tem as digitais nesse processo. As indicações contam com o sinal verde do DEM, que preside as duas Casas no Parlamento.
Fonte: Correio Braziliense
Créditos: Correio Braziliense