Em conversa descontraída durante um almoço neste sábado, o presidente Jair Bolsonaro disse a jornalistas que vai vetar nove dos dez pedidos de veto da lei de abuso de autoridade, f eitos pelo ministro da Justiça, Sergio Moro. Entre os trechos que deveriam ser excluídos, conforme a visão do ministro, estão os artigos que proíbem prisões em “desconformidade com a lei”, o flagrante preparado e o uso de algemas quando o preso não oferece resistência à ação policial.
O presidente ressaltou que ainda avalia o veto de um ponto da lei, sem citar qual.
— Isso já está definido, Vamos vetar nove dos dez pedidos.
Na última semana, o líder do governo na Câmara, Major Vitor Hugo (PSL-GO), também l evou uma lista de dez vetos ao presidente .
Para decidir sobre os vetos, Bolsonaro brinca que ouve seus “ministros do Centrão”, referindo-se a André Mendonça (AGU), Jorge Oliveira (Secretaria Geral da Presidência) e Wagner Rosário (CGU).
O presidente lembrou, inclusive, que Jorge Oliveira foi responsável pelas indicações do colega Wagner Rosário, Tarcísio de Freitas e André Mendonça. No entanto, ao ser questionado sobre quem será o conselheiro para a indicação da PGR, respondeu:
— Essa indicação será minha.
O presidente disse ainda que vai avaliar “dia a dia” uma eventual indicação do ministro da Justiça, Sergio Moro, a uma das vagas do Supremo Tribunal Federal (STF). Já em relação ao ministro da Advocacia Geral da União (AGU), André Mendonça, o presidente o considerou “supremável” e brincou que o ministro “terrivelmente evangélico” tem chances de assumir uma cadeira na suprema Corte.
— Tem que avaliar o dia a dia e saber como o Senado vai avaliar Moro numa sabatina.
Bolsonaro negou que tenha assumido compromisso com o ex-juiz durante a campanha.
— Não assumi nenhum compromisso com Moro. Durante a campanha. o que eu buscava era alguém com o perfil do Moro.
Fonte: Ricardoantunes
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