O ex-presidente Jair Bolsonaro (PL) tem até esta quarta-feira para explicar sua permanência de duas noites na embaixada da Hungria, em Brasília, conforme estabelecido pelo ministro Alexandre de Moraes, do Supremo Tribunal Federal (STF), na última segunda-feira.
Até a noite desta terça-feira, a defesa de Bolsonaro ainda não havia se manifestado. A Polícia Federal irá investigar o motivo da visita do ex-presidente à embaixada, que ocorreu após a apreensão de seu passaporte durante a Operação Veritas, que investigava uma suposta tentativa de golpe de Estado. Bolsonaro chegou à embaixada em 12 de fevereiro e saiu em 14 de fevereiro.
A visita, que coincidiu com a convocação de apoiadores para uma manifestação na Avenida Paulista em 25 de fevereiro, foi revelada por imagens de câmeras de segurança obtidas pelo jornal americano “The New York Times”. Enquanto é alvo de investigações por suposto envolvimento em uma trama golpista, desvio de joias do acervo presidencial e fraude em cartões de vacina, Bolsonaro não poderia ser preso dentro da embaixada, pois os prédios consulares são protegidos por convenções internacionais e estão fora do alcance das autoridades do país.