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Policial militar é preso com carro roubado e placas frias em João Pessoa, diz polícia

Polícia Civil apreendeu carro e deteve PM reformado durante 3ª etapa da Operação Clone em Gramame

Um policial militar foi preso no bairro de Gramame, em João Pessoa, na manhã de terça-feira (30) durante a terceira etapa da Operação Clone, da Polícia Civil da Paraíba, que combate o comércio de veículos clonados. Conforme informações da polícia, o policial militar reformado, de 51 anos, estava usando um carro roubado em São Paulo e que tinha placas frias. Com o carro apreendido nesta terça-feira, a Polícia Civil já soma 72 veículos apreendidos nas três etapas da operação.

Operação de combate a clonagem de carros prende pelo menos doze em João Pessoa

Em depoimento à Polícia Civil, o PM explicou que havia comprado o carro por R$ 6 mil a um desconhecido, embora o carro tenha um valor de mercado aproximado de R$ 30 mil. O policial militar deve responder pelos crimes de receptação qualificada, uso de documento falso e crime de falsificação de identificador de veículos. Caso seja condenado pelos três crimes, a pena pode chegar a 15 anos.

A fraude foi identificada pela Polícia Civil porque a dona do carro que teve a placa clonada começou a receber as multas na cidade de São Paulo e repassou os documentos às autoridades policiais.

O delegado Nélio Carneiro, responsável pela operação, informou que cerca de 25 pessoas estão envolvidas no esquema de clonagem de placas para uso de veículos roubados. Entre os envolvidos estão funcionários do Departamento de Trânsito da Paraíba (Detran-PB), policiais militares reformados e empresários do mercado de veículos. A corregedoria da PM já informou que vai investigar a participação dos policiais no esquema.

A Polícia Civil estima que aproximadamente 100 veículos em João Pessoa tenham sido roubados e tiveram as placas clonadas. Conforme as investigações, a quadrilha encomendava os carros em outros estados e pagava R$ 2 mil por cada um deles, independente do modelo.

Na Paraíba, os integrantes do grupo criminoso tentavam emplacar o veículo ou colocavam placas frias, assim como adulteravam o chassi. Por esse motivo, os carros eram vendidos por preços abaixo do mercado.

Fonte: G1