A Polícia Civil confirmou, nesta sexta-feira (22), a prisão da Miss Pinhais 2016, Karina Cristina Aparecida dos Reis, de 25 anos. Ela foi presa em flagrante no fim de agosto, suspeita de participar do sequestro de um empresário na Região de Curitiba.
Além dela, o namorado dela, um soldado da Polícia Militar (PM), e a mãe dele também foram presos em flagrante por suspeita de roubo majorado e extorsão mediante sequestro. Eles foram levados para o Complexo Penitenciário de Piraquara.
De acordo com a Polícia Civil, Karina foi funcionária do empresário e é suspeita de ajudar a esquematizar o sequestro. Ainda conforme a polícia, todas as informações que ela tinha sobre a rotina da vítima e sobre o que ele postava no Facebook foram usadas para planejar o crime.
“Além de acompanhá-lo [o PM] em parte do iter criminis como carona no veículo, trabalhou para a vítima, tudo indicando que teria colhido informações sobre ela para o planejamento e execução dilitivas”, diz o auto de prisão em flagrante.
Conforme a PM, os sequestradores combinaram com o empresário uma reunião de trabalho, momento em que ele foi rendido. “Eles colocaram a arma na minha cara, me tiraram do carro e me colocaram num outro carro e me levaram até o cativeiro”, contou a vítima à época.
O cativeiro ficava na casa do PM e da mãe dele, no bairro Jardim Botânico. “Houve a manutenção da vítima no porta-malas do automóvel durante toda a noite e parte da madrugada até a liberação pelos policiais”, diz outro trecho do auto de prisão em flagrante.
Os sequestradores pediram R$ 200 mil à família do empresário. Os parentes procuraram o Tático Integrado de Grupos de Repressão Especial (Tigre), da Polícia Civil.
A prisão, de acordo com a PM, foi realizada durante uma investigação da Polícia Civil, enquanto o veículo do empresário era vigiado. O soldado foi preso no momento em que estava pegando o carro da vítima, estacionado em uma rua.
“Além de cometer o sequestro, ele roubou o carro da vítima. E quando ele foi buscar esse carro, nós conseguimos efetivamente prender um dos sequestradores”, afirmou, à época, o delegado Luis Fernando Artigas Júnior. A PM afirmou, por meio de nota, que “não compactua com desvios de conduta de seus integrantes” e que adotaria todas as providências para o pleno esclarecimento dos fatos e responsabilização do militar.
Fonte: Wscom