Caso Henry Borel

Polícia diz ter provas suficientes para concluir inquérito da morte do menino Henry

O delegado-chefe do Departamento de Polícia da Capital, Antenor Lopes, afirmou em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (19) que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já tem provas suficientes para concluir o inquérito da morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos.

O delegado-chefe do Departamento de Polícia da Capital, Antenor Lopes, afirmou em entrevista à rádio CBN nesta segunda-feira (19) que a Polícia Civil do Rio de Janeiro já tem provas suficientes para concluir o inquérito da morte do menino Henry Borel Medeiros, de 4 anos.

Conforme Lopes, a polícia está avaliando se irá ouvir novamente a mãe do menino, a professora Monique Medeiros. Segundo ele, ainda não surgiram indícios de que Monique era agredida ou ameaçada pelo namorado, o vereador Dr. Jairinho (sem partido).

“A versão dela [Monique] era para proteger o companheiro, Jairinho, inclusive pedindo para a babá apagar as mensagens que indicavam as agressões ao menino no dia 12 de fevereiro”, disse Lopes à CBN. De acordo com o delegado-chefe, a decisão sobre um novo depoimento da mãe de Henry ou não será tomada até terça-feira (20).

“A defesa fez essa solicitação agora. Houve uma mudança de advogados e uma mudança de estratégia. Eles provavelmente estão vindo com a tese de que Monique vinha sendo intimidada. Até o presente momento, não encontramos nenhum indício que ela estivesse sendo ameaçada pelo companheiro”, afirmou Lopes.

O delegado-chefe explicou ainda que no caso da babá de Henry, Thayná Ferreira, houve clara “manipulação” do depoimento. “Nos mandados de apreensão dos telefones celulares, encontramos mensagens angustiadas da babá que mostravam que o menino foi levado para o quarto no dia 12 de fevereiro. Estava havendo claramente uma manipulação para que a testemunha mentisse”, afirmou o delegado.

“Nesse caso, era indispensável que a testemunha fosse ouvida novamente, porque a própria estava cometendo um crime de falso testemunho. Ela pôde se reparar, e assim foi feito. É bem diferente da situação da Monique”, explicou Lopes.

Morte de Henry

Henry deu entrada na emergência do Hospital Barra D’Or, no dia 8 de março, levado por Monique e Jairinho. De acordo com as médicas que o atenderam, o menino já chegou morto à unidade.

O laudo da necropsia apontou que Henry foi vítima de uma hemorragia interna e laceração hepática, além de lesões como equimoses, hematomas, edemas e contusões pelo corpo.

Monique e o namorado foram presos no dia 8 de abril após terem a prisão temporária de 30 dias decretada. De acordo com a polícia, os dois teriam tentado atrapalhar as investigações da morte da criança. Os investigadores da 16ª DP (Barra da Tijuca) afirmam ainda que o garoto foi assassinado.

Conforme as investigações, o vereador teria praticado pelo menos uma sessão de tortura contra Henry semanas antes da morte da criança. Ainda conforme os investigadores, a mãe de Henry sabia das agressões.

Em uma troca de mensagens entre Monique e a babá, a funcionária narra em tempo real as agressões de Dr. Jairinho contra Henry no dia 12 de fevereiro. Na conversa, a babá relata que Jairinho e Henry ficaram trancados por alguns minutos no quarto do casal com o volume da televisão alto.

Ao sair do cômodo, o menino teria mostrado hematomas e ainda teria afirmado ter levado “uma banda” (rasteira) e chutes do padrasto. A criança ainda reclamou de dores no joelho e na cabeça.

 

Fonte: Isto É
Créditos: Polêmica Paraíba