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PM nega omissão e parcialidade durante primeiro turno em Patos

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Em nota divulgada no final da tarde dessa segunda-feira (13), a Polícia Militar negou qualquer ato de parcialidade ou omissão praticada por parte dos integrantes da instituição nos 223 municípios paraibanos durante as eleições.
“Até o momento, o Comando Regional do Policiamento de Patos não recebeu nenhum expediente relatando sobre algum caso isolado que tenha levado o magistrado a pedir Tropas Federais para a cidade e que se chegar qualquer denúncia será devidamente apurada com os rigores da lei”, diz a PM na nota.
Confira a nota da PM
A PM respeita a decisão do juiz da 28ª Zona Eleitoral, mas desconhece qualquer ato de parcialidade ou omissão praticado por parte dos integrantes da instituição nas 223 cidades paraibanas, durante as eleições.
Até o momento, o Comando Regional do Policiamento de Patos não recebeu nenhum expediente relatando sobre algum caso isolado que tenha levado o magistrado a pedir Tropas Federais para a cidade e que se chegar qualquer denúncia será devidamente apurada com os rigores da lei.
Ainda de acordo com a assessoria, o juiz Ramonilson Alves Gomes ficou acompanhado de forma permanente por dois policiais e os telefones do Comandante do Policiamento da Região, coronel Severino Gerônimo, esteve à disposição dele o tempo todo para qualquer acionamento imediato.
Os policiais militares em Patos, dentro das atividades da operação voto seguro, realizaram pontos-base (policiamento mais fixo) em vários postos de combustível do município, no dia anterior da eleição, para coibir o tipo de crime eleitoral apontado pelo juiz, inclusive a equipe que estava com ele foi responsável pela detenção de um suspeito que estava com R$ 15 mil reais em um dos postos, localizado no bairro Bivar Olinto.
A Polícia Militar reforça o compromisso e isenção que tem atuado para garantir a segurança no processo eleitoral, trabalho que no primeiro turno foi reconhecido por juízes eleitorais e pelo próprio Tribunal Regional Eleitoral.
Ofício do juiz
A omissão da Polícia Militar em fiscalizar delitos eleitorais praticados no primeiro turno das eleições na cidade de Patos levaram o juiz da 28ª Zona Eleitoral a solicitar ao Tribunal Regional Eleitoral (TRE) a presença de tropas federais para o segundo turno no município. É o que revela ofício encaminhado pelo juiz Ramonilson Alves Gomes ao presidente do TRE e ao demais membros da Corte Eleitoral.
Segundo o juiz, “lamentavelmente, numa esquisita omissão, a PM assistiu passivamente às organizações criminosas de delitos eleitorais realizarem uma massiva distribuição de combustível”.
De acordo com Ramonilson Alves Gomes, infelizmente não é possível conferir total confiança à atuação da Polícia Militar da Paraíba .
“Mais uma vez, viu-se esta importante instituição – que integra o sistema de segurança pública e o sistema de justiça – com extremo receio de atuação fiscalizatória e repressiva em face da candidatura do governante em exercício”, afirmou.
No ofício ele afirma que “é fato que, quando alguma irregularidade ou ilicitude é praticada na campanha da candidatura adversária a do governador, a fiscalização é intensa e elogiável, o que é muito bom. No entanto, quando a candidatura é do próprio ou simpática ao Governo do Estado, a atuação da PM é reticente, estranha e somente ocorre sob a vigilância e pressão dos agentes do Ministério Público, do magistrado ou da Polícia Federal. O que é muito ruim”.