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PIB brasileiro fica estagnado no 3º trimestre, indica Monitor da FGV

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — até o terceiro trimestre de 2023 supere os R$ 8 trilhões.

A atividade econômica do Brasil ficou estagnada no terceiro trimestre, na comparação com os três meses anteriores, segundo dados publicados nesta terça-feira (21) pelo Monitor do PIB, da FGV (Fundação Getulio Vargas).

Em termos monetários, estima-se que o acumulado do PIB (Produto Interno Bruto) — soma de todos os bens e serviços finais produzidos no país — até o terceiro trimestre de 2023 supere os R$ 8 trilhões.

Juliana Trece, coordenadora da pesquisa, afirma que o resultado reflete a fragilidade de sustentação de crescimento da economia brasileira. “A desaceleração da agropecuária e do setor de serviços explica a estagnação da economia pela ótica da oferta”, diz ela.

“Pela ótica da demanda, destaca-se a desaceleração do consumo das famílias e a queda da Formação Bruta de Capital Fixo. Embora tenha crescido em menor ritmo, o consumo das famílias apresentou pela nona vez variação positiva com o resultado do terceiro trimestre, demonstrando grande resiliência deste componente, apesar do ambiente de juros elevados e do alto grau de endividamento das famílias”, completa Juliana.

O consumo das famílias aumentou 2,5% no terceiro trimestre. A desaceleração do crescimento do consumo em 2023, quando comparado ao ritmo de 2022, deve-se à menor contribuição do segmento de serviços.

Embora essa contribuição ainda seja positiva, ela é significativamente menor do que foi em 2022, quando ainda havia um ambiente de normalização dos serviços em decorrência da pandemia e do forte estímulo fiscal.

Apesar da menor contribuição positiva do consumo de serviços, desde meados de 2022 o consumo de produtos não duráveis tem contribuído de forma mais evidente para o total do consumo.

Na análise mensal, o monitor da FGV mostra que a economia teve retração de 0,6% em setembro, comparado a agosto, e cresceu 0,8% com relação a setembro de 2022. A evolução oficial do desempenho da economia entre julho e setembro será apresentada pelo IBGE no dia 5 de dezembro.

Fonte: R7
Créditos: R7