A Polícia Federal realiza nesta terça-feira (21) a Operação Pés de Barro, que investiga suspeitas de fraudes na aquisição de medicamentos de alto custo pelo Ministério da Saúde entre os anos de 2016 e 2018. Na época, a pasta foi comandada pelo atual líder do Governo Bolsonaro na Câmara, Ricardo Barros, e por Gilberto Occhi, ambos na gestão Temer.
São 61 policiais federais, que cumpriram 15 mandados de busca e apreensão nos estados de Alagoas, Minas Gerais, Pernambuco, São Paulo e em Brasília. A investigação trata de uma relação de cinco medicamentos que o governo federal foi obrigado a adquirir por decisões judiciais, movidas por pacientes que demandaram o medicamento alegando direito à saúde.
Segundo informações da PF, há indícios de fraude na compra desses medicamentos pela Diretoria de Logística, com pagamentos antecipados irregulares, favorecimento de empresas específicas e atrasos que agravaram a saúde dos pacientes, sendo que 14 teriam morrido em razão da demora.
A estimativa é de um prejuízo de mais de R$ 20 milhões. “Os envolvidos podem responder pelos crimes de fraude à licitação, estelionato, falsidade ideológica, corrupção passiva, prevaricação, advocacia administrativa e corrupção ativa”, afirma a Polícia Federal, em nota.
O nome da operação, Pés de Barro, é uma metáfora de origem bíblica. “A expressão pés de barro é uma metáfora com origem no antigo testamento, referente à interpretação de um sonho do rei Nabucodonosor II pelo profeta Daniel. No trecho bíblico, verificam-se belas promessas, porém contraditórias na execução”, diz o comunicado.
Fonte: Polêmica Paraíba com CNN
Créditos: Polêmica Paraíba