Investigação

PF descobre nova joia subtraída por Bolsonaro e situação do ex-presidente se agrava; entenda

Créditos: Felipe Marques/Zimel Press/Folhapress
Créditos: Felipe Marques/Zimel Press/Folhapress

A Polícia Federal (PF), próxima de concluir a investigação sobre as joias e artigos de luxo supostamente retirados do acervo presidencial por Jair Bolsonaro, encontrou uma nova peça com pedras preciosas que não havia sido mencionada anteriormente. As informações foram divulgadas pela CNN Brasil.

A descoberta ocorreu durante as investigações da PF nos Estados Unidos, onde emissários do ex-presidente teriam vendido algumas joias e tentado negociar outras. Um vídeo foi encontrado pelos investigadores, mostrando a suposta negociação dessa nova peça, cujo paradeiro ainda é desconhecido.

A ideia da PF, agora, é colher novos depoimentos, entre eles o do tenente-coronel Mauro Cid, ex-ajudante de ordens da presidência que fechou acordo de delação premiada, com o objetivo de obter mais detalhes sobre a joia, bem como sua origem e seu destino. A princípio, suspeita-se que a peça não tenha sido vendida. 

PF: Bolsonaro furtou joias e deu aval para venda nos EUA

A conclusão pela Polícia Federal (PF) das investigações sobre as joias e a carteira de vacinação aumentou a fervura na horda de apoiadores de Jair Bolsonaro, que terá o indiciamento pedido pelos investigadores nos dois casos – cabendo ao Procurador-Geral da República (PGR), Paulo Gonet, a abertura ou não de processos criminais contra a organização criminosa capitaneada pelo ex-presidente.

Após incursão nos EUA, a PF vai incluir no relatório provas contundentes de que Bolsonaro sabia do furto das joias do acervo da presidência e deu aval para a venda dos objetos nos EUA. 

As joias foram surrupiadas pelo ex-presidente e levadas no avião durante a fuga de Bolsonaro para os EUA às vésperas da posse de Lula, em dezembro de 2023. Lá, coube ao general Mauro Lourena Cid, pai do tenente coronel Mauro Cid, iniciar as negociatas para levantar valores milionários com a venda dos presentes.

Nos EUA, os investigadores conseguiram imagens e entrevistas que provam que Bolsonaro sabia que a venda das joias era ilegal – e deu aval à negociata mesmo assim. Além disso, as operações de recompra dos objetos, que envolveu, entre outros, o advogado Frederick Wassef, foram detalhadas e mostram que a quadrilha sabia da ilegalidade da operação.

Com fórum