Uma proposta da Universidade Federal da Paraíba (UFPB) aprovada em edital do Programa de Combate a Epidemias busca produzir novos antivirais para enfrentar a COVID-19 e outras viroses, tendo como base medicamentos já conhecidos. A iniciativa conta com o apoio da Coordenação de Aperfeiçoamento de Pessoal de Nível Superior (CAPES) e do Ministério da Educação (MEC).
Segundo o professor José Maria Barbosa Filho, coordenador do projeto, o estudo vai utilizar ferramentas de bioinformática para “triagem virtual e proposição de derivados dos medicamentos a serem sintetizados, criando novas moléculas com atividade antiviral contra o SARS-CoV-2”.
Serão investigados compostos inspirados nos principais fármacos em fase clínica de avaliação contra a COVID-19: Remdesivir, Hidroxicloroquina e Nitazoxanida.
O trabalho une à UFPB a dois institutos da Fundação Oswaldo Cruz: Aggeu Magalhães (IAM-FIOCRUZ-PE) e Gonçalo Moniz (IGM-FIOCRUZ-BA). O estudo utilizar-se-á de infraestruturas preparadas para as atividades e pesquisadores altamente qualificados, as três instituições preveem a utilização de abordagens relacionadas a quimioinformática, sintéticos, biológicos e toxicológicos.
Barbosa Filho contou que há dezenas de moléculas sintéticas, inéditas na literatura, com potencial atividade contra o coronavírus, bem como contra os vírus de Zika, Chikungunya e Dengue. Ele destacou que “o estudo poderá viabilizar a geração de produtos farmacêuticos de alto valor para terapias de várias doenças, atendidas pelo Sistema Único de Saúde (SUS) do País”.
O coordenador afirmou que a CAPES “tem um papel social dos mais relevantes, não só para a educação, como também para o desenvolvimento econômico do País”. Ele acredita que a aprovação de sua proposta é um importante reconhecimento do mérito científico-acadêmico, além do acréscimo à qualificação e experiência de sua equipe, já que o apoio permitiu acrescentar quatro bolsas de doutorado e seis de pós-doutorado à execução do projeto.
“Este projeto agregará informações valiosas para a ciência, no tocante ao avanço de protótipos antivirais inéditos, colocando o País em posição privilegiada no cenário internacional”, anteviu Barbosa Filho.
Fonte: Polêmica Paraíba com UFPB
Créditos: Polêmica Paraíba