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PEC que veta aborto em caso de estupro volta a ser discutida nesta terça

Texto-base da PEC foi aprovado no último dia (8/11), com 18 votos favoráveis, exclusivamente masculinos.

SAO03. SAO PAULO (BRASIL), 13/11/2017.- Un grupo de personas participa en una manifestación en contra de un proyecto de ley que podría restringir el aborto en Brasil hoy, lunes 13 de noviembre de 2017, en Sao Paulo (Brasil). EFE/Fernando Bizerra Jr.
SAO03. SAO PAULO (BRASIL), 13/11/2017.- Un grupo de personas participa en una manifestación en contra de un proyecto de ley que podría restringir el aborto en Brasil hoy, lunes 13 de noviembre de 2017, en Sao Paulo (Brasil). EFE/Fernando Bizerra Jr.

Continua nesta terça-feira (21/11) na Câmara Federal, a discussão sobre a Proposta de Emenda Constitucional (PEC) que pode proibir o aborto em qualquer circunstância no Brasil. A PEC 181 propõe incluir na Constituição “a garantia do direito à vida desde a concepção”. Na prática, se levado a votação e aprovado pelo Congresso, o projeto deve criminalizar até mesmo as três possibilidades de aborto hoje permitidas legalmente no país: casos de estupro, anencefalia (feto com má formação cerebral) ou risco à vida da gestante.

Com 18 votos favoráveis, exclusivamente masculinos, o texto-base da PEC foi aprovado no último dia (8) depois de mais de quatro horas de reunião e diversas tentativas de adiamento da votação por parlamentares contrários. Destaques ao projeto – que podem alterar pontos do texto — devem ser discutidos e votados no encontro desta terça.

A questão do aborto entrou no projeto por pressão da bancada evangélica. O trecho que acrescenta a visão concepcionista à Constituição não fazia parte da proposta inicial, que tratava apenas do aumento da licença-maternidade – de 120 para 240 dias — para mães de bebês prematuros. O presidente da comissão especial, deputado Evandro Gussi (PV-SP), diz que a ideia não é punir os casos já legalizados pelo Código Penal, e sim “impedir que o aborto seja totalmente descriminalizado”, como indicou decisão da 1ª Turma do Supremo Tribunal Federal (STF), de 2016.

Sinalizando que não pretende ceder à pressão conservadora para levar a PEC a votação, o presidente da Câmara, Rodrigo Maia (DEM/RJ), afirmou que a “proibição do aborto no caso de estupro não vai passar” na Casa. Durante a semana, protestos em várias cidades do País também condenaram a tentativa de retroceder nas regras já estabelecidas no Brasil.

Fonte: Metrópoles
Créditos: Agência Estado