O ex-diretor da Dersa, Paulo Vieira de Souza, apontado como operador do PSDB, foi novamente preso preventivamente em São Paulo nesta quarta-feira (30) após descumprir decisão judicial. Souza havia sido solto no último dia (11) após ter habeas corpus concedido pelo ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Gilmar Mendes.
No último dia 14, o Ministério Público Federal de São Paulo pediu uma nova prisão contra Paulo Vieira.
Paulo Vieira de Souza é acusado de desvio de dinheiro público durante sucessivos governos do PSDB, em São Paulo, e também é investigado por movimentar cerca de R$ 113 milhões em contas na Suíça.
No início de abril, foi preso preventivamente, depois que procuradores afirmaram que uma ex-funcionária da Dersa – que também é ré no mesmo processo que investiga os desvios nas obras do Rodoanel Sul, Jacu Pêssego e Nova Marginal Tietê – recebeu ameaças de morte.
Suspeitas
Paulo Vieira Souza ficou preso de 6 de abril a 11 de maio. Ele é suspeito de participar de desvio de recursos públicos durante obras do governo do PSDB no estado de São Paulo entre os anos de 2009 e 2011, durante os governos de José Serra, Alberto Goldman e Geraldo Alckmin.
Após Paulo Vieira ser solto, o PSDB divulgou a seguinte nota: “O PSDB de São Paulo não tem qualquer relação com o investigado nem com os fatos a ele imputados. O partido reitera seu total apoio às investigações em curso.”
Quando a denúncia contra o ex-diretor da Dersa foi apresentada pelo MP, o então advogado de Souza, Daniel Bialski, disse que a denúncia vai “contra a investigação interna e auditoria feita pela própria Dersa, que inocentou Paulo de qualquer ato ilícito ou favorecimento a quem quer que seja”. Procurado na manhã desta quarta, o novo advogado de Paulo Vieira, Santoro, disse que ainda não tinha informações sobre a prisão.
Na ocasião, a Dersa afirmou, em nota, que “em 2011 organizou seu Departamento de Auditoria Interna, instituiu um Código de Conduta Ética, cuja adesão é obrigatória para todos os funcionários e contratados, e também abriu canais para o recebimento de denúncias que garantem o completo anonimato da fonte”.
Fonte: G1
Créditos: G1