AUXÍLIO EMERGENCIAL

Paulo Guedes afirma que o governo não pretende prorrogar o auxílio emergencial

O governo começou a fazer os pagamentos do auxílio emergencial em maio. Inicialmente, iriam até julho. Depois foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.

 

O ministro da Economia, Paulo Guedes, afirmou, durante um evento virtual que ocorreu na tarde desta segunda-feira, 23, que o governo não pretende prorrogar o auxílio emergencial, concedido desde maio para desempregados e trabalhadores informais em razão da pandemia do covid-19.

O ministro disse que há pressão política pela prorrogação e que a área econômica está preparada para reagir “se houver uma segunda onda” da Covid-19.

“Do ponto de vista do governo, não existe a prorrogação [do auxílio emergencial]. Evidente que há pressão politica, muita gente falando em segunda onda. Nós estamos preparados para reagir se houver uma segunda onda, já sabemos como reagir”, afirmou o ministro.

O governo começou a fazer os pagamentos do auxílio emergencial em maio. Inicialmente, iriam até julho. Depois foram prorrogados uma primeira vez até setembro e, uma segunda vez, até dezembro. No início, o valor era R$ 600, mas passou para R$ 300 nas últimas parcelas.

Segundo informações, a ala política do governo voltou a defender a prorrogação do auxílio emergencial por dois ou três meses em 2021 em razão da indefinição a respeito da criação de um novo programa social.

No último dia 12, Guedes afirmou que, se houver uma “segunda onda” da Covid-19 — que, para ele, não está caracterizada — a prorrogação seria “uma certeza”. “Se houver uma segunda onda de pandemia, não é uma possibilidade, é uma certeza”, declarou na ocasião.

Auxílio emergencial

O diretor-executivo da Instituição Fiscal Independente (IFI), órgão vinculado ao Senado, calcula que uma prorrogação, por quatro meses do auxílio emergencial, no valor de R$ 300, para cerca de 25 milhões de pessoas custaria aos cofres públicos cerca de R$ 15,3 bilhões.

Para a IFI, o auxílio é importante, mas é necessário encontrar formas para financiá-lo, caso o governo e o Legislativo decidam estendê-lo outra vez.

“O espaço fiscal no teto [de gastos] não existe, é muito pequeno, exíguo para se fazer gastos adicionais. Se o teto for mantido como está, precisaria de compensação em outros gastos. E os gastos discricionários já estão num limite muito baixo”, disse Felipe Salto, diretor-executivo da IFI.

Na avaliação dele, a PEC emergencial – que busca soluções para a preservação do teto – não deve avançar neste ano, assim como a PEC do pacto federativo.

Fonte: G1
Créditos: Polêmica Paraíba