A paralisação dos caminhoneiros mobilizou os governos estaduais e municipais em busca de medidas emergenciais para evitar o agravamento da crise e o desabastecimento de serviços essenciais e combustíveis. Foram definidas ações de contingenciamento no uso de combustíveis, priorizando saúde, segurança e transporte público.
O prefeito de São Paulo, Bruno Covas (PSDB), decretou estado de emergência, suspendendo licitações e autorizando ações emergenciais. A exemplo de Covas, mais de 20 prefeitos do interior de São Paulo decretaram estado de emergência. No Rio, o prefeito Marcelo Crivella (PRB) decretou estado de atenção, colocando os principais serviços do município em alerta.
Para o governador do Distrito Federal, Rodrigo Rollemberg (PSB), está descartada a possibilidade de decretar estado de emergência. A prioridade, segundo ele, concentra-se em saúde, segurança e transporte público. Rollemberg suspendeu a cobrança de multas de motoristas que fazem fila dupla e param nas pistas à espera do abastecimento nos postos.
Na maior parte das grandes e médias cidades, a frota do transporte público foi reduzida de 30% e 40%. Os atendimentos hospitalares se limitaram às emergências e às ambulâncias. Marcações de consulta e cirurgias foram adiadas.
Do primeiro ao sexto dia de paralisação, motoristas se viram obrigados a enfrentar longas filas para garantir o abastecimento de combustíveis. Em Brasília e no Rio de Janeiro, houve postos que reajustarem os preços do litro da gasolina, atingindo R$ 9,99. O Procon (Programa de Proteção e Defesa ao Consumidor) acionou o alerta para punir quem abusou.
Os serviços de limpeza urbana também foram afetados em várias capitais. Em Salvador (BA), o prefeito Antonio Carlos Magalhães Neto (DEM) assegurou que os serviços funcionarão, mas não na sua totalidade. Também na capital baiana foi mantido o mutirão de vacinação contra o vírus da gripe previsto para hoje (26).
Em Belo Horizonte (MG), a prefeitura criou um grupo de trabalho para planejar e executar ações visando a assegurar o abastecimento de ambulâncias, viaturas da Guarda Municipal, Defesa Civil e Limpeza Urbana. Com o apoio da Polícia Militar, há escoltas de combustíveis e insumos hospitalares até os pontos de abastecimento, com o objetivo de manter os serviços essenciais à população.
Fonte: EBC
Créditos: EBC