falta empatia

PANDEMIA E FESTAS CLANDESTINAS: eventos descumprem normas sanitárias e são um risco para a disseminação do novo coronavírus

Algumas pessoas aparentemente ignoram o perigo da covid-19 para se divertirem e para beber com os amigos, sem medo da justiça e muito menos da doença.

Algumas pessoas aparentemente ignoram o perigo da covid-19 para se divertirem e para beber com os amigos, sem medo da justiça e muito menos da doença, centenas de pessoas sem responsabilidade insistem em se aglomerar mesmo com o número de casos e mortes por coronavírus disparando no país.

No último final de semana, as autoridades de João Pessoa, Paraíba, registraram festas nos bairros Jardim São Paulo e Bairro das Indústrias.

Todos os eventos, com uma característica em comum: som alto, pessoas sem máscara, aglomerações e descumprimento dos protocolos sanitários de enfrentamento à pandemia da Covid-19.

Na visão de especialistas, as “festas clandestinas”  podem ser consideradas  “superdisseminadores” do coronavírus, por reunir diversas pessoas em um ambiente fechado.

“A contaminação ocorre pelo contato próximo, principalmente quando a pessoa está sem a máscara. Quanto maior a quantidade de gente em um local, maior o risco de contaminação. Não há como garantir que não haverá contaminação em um ambiente fechado com centenas de pessoas por tempo prolongado, sem distanciamento adequado”, explicou  Márcio Sommer Bittencourt, pesquisador do Centro de Pesquisa Clínica e Epidemiológica da USP, durante entrevista a BBC.

Na Paraíba, a polícia vai prender quem promover festas durante a pandemia

Os organizadores de festas e outros eventos que promovam aglomerações em meio à pandemia serão presos pelas forças de Segurança Pública da Paraíba e deverão prestar esclarecimentos nas delegacias do estado. Essa será a atuação da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros para fazer valer as medidas do novo decreto estadual de combate ao avanço do coronavírus.

O coronel Júlio César, coordenador do CIOP (Central Integrada de Operações Policiais), contou em entrevista como é realizado o trabalho de fiscalização.

“Nos locais de aglomeração, as pessoas são identificadas e o autor da aglomeração é conduzido à delegacia. Os demais participantes da festa ou outro evento são liberados e orientados a ir para casa. As pessoas são identificadas e o autor da aglomeração será conduzido à delegacia para lavratura do procedimento policial. Se forem identificados outros crimes, também serão conduzidas essas pessoas”, explicou.

Já em relação aos flagrantes de estabelecimentos abertos em horário ou outra condição não permitida, o procedimento é integrado. “Se for loja, acionamos a Vigilância Sanitária e o Procon-PB. Se for casa de show ou residência particular, nós enviamos a Polícia Militar e o Corpo de Bombeiros.”

As pessoas presas em João Pessoa são conduzidas à Central de Polícia, no bairro do Geisel, e nos demais municípios elas são levadas às delegacias locais.

Ainda segundo o coronel Júlio César, “todo o efetivo da Polícia Militar, Polícia Civil e Corpo de Bombeiros estará atuando, sendo 2.500 profissionais por dia em serviço, em regime de escala.”

Denúncias

A população pode denunciar eventos, festas ou aglomerações através dos números de emergência 190, 193 e 197, ou do aplicativo SOS Cidadão. Os canais funcionam 24 horas por dia e o empenho de todos é importante para a redução na curva de contágio da Covid-19.

As festas clandestinas durante a pandemia mostra a falta de empatia do brasileiro, frases como, “eu sei que não é certo, mas eu não aguento mais ficar dentro de casa”, é puro egoísmo, não é hora de festa, não é hora de sair de dentro de casa.

Fonte: Polêmica Paraíba
Créditos: Polêmica Paraíba