Um tenente médico da Marinha do Brasil denunciou ter sofrido ataques de hackers, que invadiram e excluíram sua conta no Instagram depois de ele revelar sua luta para dedicar mais tempo ao filho recém-nascido. O bebê, que foi gerado em barriga solidária de uma amiga do oficial, vai completar 5 meses de vida no próximo dia 17.
Pai solo e homossexual, o oficial buscou a Justiça após as Forças Armadas negarem o pedido dele de licença-paternidade nos moldes da licença-maternidade.
Com exclusividade, o Metrópoles contou a luta do urologista Tiago de Oliveira Costa, de 37 anos, pai solo de Henry. No Instagram, o oficial publicou dezenas de fotos com o bebê, que nasceu em Goiânia, após o material genético do médico ser inseminado artificialmente em óvulo de doadora anônima e depois transferido para o útero de uma amiga dele. O profissional atua no Hospital Naval de Brasília.
“Estou sendo alvo de represália e censura nas minhas próprias redes sociais. Meu perfil não foi bloqueado pelo próprio Instagram porque não tinha nada que violasse as regras ou diretrizes do aplicativo”, afirmou Costa, que ingressou nas Forças Armadas em 2018.
Impedimento
Depois de ser divulgada a história de luta, centenas de internautas manifestaram solidariedade ao profissional e seu filho. Os dois não passam mais tempo juntos porque a Marinha negou pedido de licença-paternidade (20 dias) nos moldes da licença-maternidade (180 dias) para o militar, em maio, um mês antes de o bebê nascer.
A instituição alegou falta de previsão legal para atender à solicitação de Tiago, que aguarda pronunciamento da 9ª Vara da Seção Judiciária do Distrito Federal para tentar reverter a decisão da Marinha do Brasil.
Fonte: Metropoles
Créditos: Polêmica Paraíba