O Procurador Geral de Justiça da Paraíba, Bertrand Asfora, participou da entrega do prédio das Promotorias de Justiça de Defesa dos Direitos Difusos da Capital após a reforma, na manhã de hoje, e falou sobre a investigação do suposto esquema de propina que envolve o irmão do governador, Coriolano Coutinho, secretários do Governo do Estado.
Bertrand disse que recebeu denúncia do Fórum dos Servidores Civis e Militares da Paraíba e que as investigações estão em andamento: “Nós recebemos no período eleitoral um expediente do Fórum, recebemos e mandamos imediatamente a Comissão de Combate aos Crimes de Responsabilidade Administrativa (ccrimp) e nós vamos apresentar, no momento oportuno, as conclusões que chegamos”, atestou.
O fato que ficou conhecido como mensalão paraibano envolve os nomes do procurador-geral da Paraíba, Gilberto Carneiro; o irmão do governador Ricardo Coutinho, Coriolano Coutinho; a atual secretária de Administração, Livânia Farias; e a atual superintendente de Meio Ambiente, Laura Farias.
Contudo, Bertrand garantiu que o tempo do Ministério Público para a apuração das denúncias é diferente do tempo da política: “Temos um prazo, mas nossos prazos não são os prazos da política. A nossa referência não é o ambiente político do Estado. Esse ano foi muito importante, tivemos uma eleição belíssima, e passado o tempo da política, nós seguimos com as investigações”, pontuou.
Segundo a denúncia, a Polícia teriam apreendido R$ 81 mil em uma blitz e junto com o dinheiro havia um bilhete com os nomes dos secretários acima citados. O veículo Fox, placas DYE-5922, chamou a atenções dos agentes que realizavam a operação de rotina por tentar furar o cerco policial.
As informações dão conta que após a apreensão, oito delegados da Polícia Civil foram chamados para auxiliar as investigações e após a coleta de depoimentos o dinheiro teria sido devolvido.
O Procurador disse que não cabe ao Ministério Público o envolvimento político com o fato, muito embora ele defenda que os Procuradores e Promotores possam se afastar dos cargos para envolvimento político partidário: “Apesar de que nós estamos defendendo na reforma política a participação de procuradores e promotores no exercício da política partidária”, afirmou.
Bertrand Asfora revelou contar com o apoio do senador eleito José Maranhão e os deputados federais Manoel Júnior e Rômulo Gouveia na defesa de que membros do Ministério Público possam concorrer a cargos eletivos e tenham envolvimento político partidário.
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