A Polícia Federal concluiu nesta quinta-feira (23) o relatório final da Operação Bullish, que apura irregularidades em financiamentos concedidos pelo Banco Nacional de Desenvolvimento (BNDES) a empresas do grupo J&F, entre as quais o frigorífico JBS.
Foram indiciadas sete pessoas, entre as quais os ex-ministros da Fazenda Guido Mantega e Antonio Palocci e o empresário Joesley Batista.
O indiciamento não quer dizer que os investigados são culpados, o que será decidido pela Justiça – significa que eles passam a ser oficialmente tratados como suspeitos.
Os sete indiciados, sob suspeita dos crimes de corrupção passiva, ativa, lavagem de dinheiro, associação criminosa e advocacia administrativa, são os seguintes:
Guido Mantega, ex-ministro da Fazenda
Antônio Palocci, ex-ministro da Fazenda
Luciuano Coutinho, ex-presidente do BNDES
Joesley Batista, empresário e um dos sócios do grupo J&F.
Caio Marcelo de Medeiros
Victor Sandri
Gonçalo Ivens Ferraz Da Cunha de Sá
A TV Globo tenta contato com os indiciados.
O relatório indica que Mantega teria recebido propina de Joesley Batista a fim de permitir que o grupo utilizasse verba do BNDES para comprar uma empresa argentina.
De acordo com a Polícia Federal, Mantega agia como um “agente duplo” dentro do BNDES, para “captar” financiamentos de interesse do grupo. A PF também aponta o ex-ministro como “lobista” de Joesley Batista junto ao governo federal.
Segundo as investigações, Palocci também recebeu de Joesley Batista propina de R$ 2,5 milhões – por meio da consultoria Projeto, de propriedade do ex-ministro – para “interceder junto às autoridades públicas” em favor dos interesses do empresário.
Em delação no ano passado, Joesley Batista afirmou que pagou para conseguir aportes e financiamentos do BNDES por meio do ex-ministro Mantega. Em maio do ano passado, o BNDES criou uma comissão interna de apuração para investigar as supostas fraudes.
Fonte: G1
Créditos: G1