REVOLTA

ONG faz ato para reivindicar ações que evitem abusos contra mulheres

Ato contra estupros estende calcinhas na areia de Copacabana (Foto: Matheus Rodrigues / G1)

A ONG Rio de Paz faz um protesto na Praia de Copacabana, na Zona Sul do Rio, na manhã desta segunda (6) reivindicando ações para evitar abusos contra mulheres. A Organização Não-Governamental pede que sejam esclarecidos os casos de estupros, a implementação de políticas públicas de proteção às mulheres e o apoio psicológico. O protesto ficará no local até as 18h. O ato expôem 420 calcinhas na areia, representando a quantidade de mulheres estupradas a cada 72 horas no Brasil.

Ato expõem 420 calcinhas na areia, representando a quantidade de mulheres vítimas de estupros a cada 72 horas no Brasil. (Foto: Matheus Rodrigues / G1)

“São 50 mil casos de estupro por ano no Brasil no contexto de subnotificação. Reina a impunidade. Agora, tão importante quanto combater essa prática criminosa é a ação preventiva por parte do Estado, especialmente no que diz respeito a políticas públicas que devem ser implementadas em comunidades pobres, onde há o maior número de mulheres expostas a esse tipo de violação de direito”, afirmou Antônio Carlos da Costa, fundador da ONG.

Novas imagens em caso de estupro
Neste domingo (5), o Fantástico mostrou novas imagens sobre o caso de estupro coletivo de uma menina de 16 anos no Morro da Barão, na Zona Oeste do Rio. Um novo vídeo encontrado pela polícia no celular de Raí de Souza, de 22 anos, mostra a menor de 16 anos sendo abusada e tentando reagir. Foi do mesmo aparelho que saiu o vídeo compartilhado nas redes sociais no fim de maio e que deu início a investigação do caso.

Na última sexta-feira (3), o celular de Raí de Souza, que está preso no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste do Rio, foi apreendido pela Polícia Civil. Em seu primeiro depoimento, Raí chegou a afirmar que havia destruído o aparelho.

Raí e Raphael Duarte Belo, de 41 anos, estão presos no Complexo Penitenciário de Gericinó, em Bangu, na Zona Oeste. Lucas Perdomo também chegou a ser preso, mas acabou sendo solto por falta de provas de sua participação no crime. Ao todo, cinco suspeitos estão foragidos.

No equipamento, foram encontradas provas que não deixam dúvidas sobre o crime, segundo a polícia. Aparece o seguinte diálogo:

“Não o que, pô?,” pergunta um dos criminosos.

“Ai”, reclama a adolescente, com dor.

Com as novas provas, os investigadores começam a montar a cronologia dos fatos.

“Já está provado o crime de estupro. O desafio da polícia é provar a extensão desse crime. Quantos autores e quem praticou esse crime”, explicou a delegada responsável pelo caso, Cristiana Bento.

Fonte: UOL