O futuro ministro das Relações Exteriores, Ernesto Araújo, afirmou que a união do filósofo Olavo de Carvalho, da Operação Lava Jato e do presidente eleito, Jair Bolsonaro, foi responsável por “quebrar o sistema cultural marxista criado pelo PT“.
O sistema teria sido construído por meio da “corrupção, intimidação e controle duro“. A afirmação faz parte de 1 texto de 3 páginas publicado na edição de janeiro de 2019 da revista norte-americana The New Criterion.
No texto, o diplomata afirma que acredita que Deus atuou nessa união. “Foi a divina providência que guiou o Brasil por todos esses passos, reunindo as ideias de Olavo de Carvalho co a determinação e o patriotismo de Jair Bolsonaro? Eu acredito que sim“. O encontro teria auxiliado no “renascimento da nação”.
Araújo faz também 1 analise sobre os últimos 30 anos de politica brasileira, no qual chama o MDB de “oligarquia antiga“, o PSDB de “oposição domesticada” e afirma que o PT é composto por “marxistas intelectuais, guerrilheiros de esquerda e representantes da burocracia sindicalista“.
O Partido dos Trabalhadores também teria promovido uma agenda de esquerda que fomentou a ideologia de gênero, a tensão artificial entre raças e a humilhação de cristãos.
Na área de política externa, Araújo afirma que as posições do Brasil favoreceram a transferência de poder dos Estados Unidos para a China, auxiliaram o Irã e ajudaram a criar uma nova cortina de ferro socialista na América Latina.
DIVINA PROVIDÊNCIA NA ELEIÇÃO DE BOLSONARO
Na publicação, que recebeu o nome de “Carta de Brasília: Agora nós Debatemos”, Araújo começa o texto criticando 1 comentarista que afirmou estar preocupado pelo presidente eleito, Jair Bolsonaro (PSL), falar muito sobre Deus no seu discurso de vitória.
“Então agora falar sobre Deus supostamente deve preocupar as pessoas. Isso é triste“, escreve.
Apesar de iniciar com a fala do comentarista, o futuro ministro afirma que o governo Bolsonaro não se importa com o que os especialistas pensam.
“Eles não têm ideia sobre o que é Deus e sobre o que os brasileiros são e querem ser“, continua.
Para ele, a crítica representa 1 discurso de medo, uma vez que “eles não controlam mais os limites da fala do presidente e da sociedade“.
“Nós podemos falar sobre Deus agora em público. Quem imaginaria?“, afirma.
Em seguida, Araújo afirma que o Brasil virou uma fossa de corrupção e diz que a fé do presidente eleito foi 1 instrumento para sua vitória e para a a “onda de mudança que está lavando o país“.
“O Brasil está experimentando uma mudança politica e espiritual, e o aspecto espiritual é uma das variáveis determinantes dessa transformação“, diz.
No texto, o futuro comandante do Itamaraty faz uma análise da política brasileira nos últimos 30 anos. Para Araújo, a ditadura militar foi 1 regime estabelecido, e não apenas militar. De acordo com ele, após o fim do período, o MDB “assumiu as rédeas” do governo e se tornou uma frente ampla para a antiga oligarquia, com uma roupagem moderna, urbana e orientada socialmente.
No período comandado pelo PSDB, de 1995 a 2002, Araújo afirma que o partido escondia parte de sua agenda liberal tanto na economia quanto na cultura. Ele também diz que os tucanos “sempre mantiveram ligações com membros da tradicional burocracia política representado pelo MDB“.
Para Araújo, o PT, que comandou o país de 2003 a 2016, é formado por “marxistas intelectuais, guerrilheiros de esquerda e representantes da burocracia sindicalista“. De acordo com ele, logo após assumir o poder, o Partido dos Trabalhadores se uniu com o MDB e o PSDB.
“O MDB tornou-se o partido júnior na coalizão do PT, enquanto o PSDB assumiu o papel de oposição domesticada, participando de eleições presidenciais de 4 em 4 anos, nas quais seu papel era perder nobremente para o PT“, escreve.
Araújo afirma ainda que o PT adquiriu controle de todos os níveis da burocracia publica e criou 1 mecanismo de crime e corrupção.
“O modelo era tão bem-sucedido que o PT começou a exportar o modelo para outros países da América Latina, tentando criar e consolidar uma rede de corrupção com regimes de esquerda da região“, diz.
Além de comandar o Estado, o diplomata afirma que o Partido dos Trabalhadores promoveu uma agenda de esquerda cultural, que fomentava a “ideologia de gênero, a criação de tensões raciais, o afastamento dos familiares e a aproximação do Estado na formação das crianças, a infiltração da mídia, o deslocamento do debate público para assuntos de esquerda, a humilhação de cristãos, o fortalecimento da doutrina marxista na igreja Católica e a má-orientação das artes, por meio de recursos públicos“.
Na área de política externa, Araújo afirma que o Brasil apoiou a transferência de poder dos Estados Unidos para a China, favoreceu o Irã e ajudou a criar uma cortina de ferro socialista na América Latina, pelo favorecimento de partidos de esquerda em diversos países da região.
Na última página do texto, o futuro ministro explica que o filósofo Olavo de Carvalho, a Operação Lava Jato e o presidente eleito Jair Bolsonaro foram os responsáveis por quebrar o sistema marxista cultural, “conquistado por meio da corrupção, da intimidação e do forte controle”.
Para Araújo, Carvalho teve 1 papel importante ao perceber os “propósitos horríveis do globalismo” e o caráter comunista do PT.
“Ele foi a única pessoa no Brasil a usar a palavra ‘comunismo’ para descrever a estratégia do PT e tudo que estava acontecendo no país“, escreve. “As ideias de Olavo de repente começaram a percorrer todo o país, atingindo milhares de pessoas que haviam sido alimentadas apenas com mantras oficiais“, acrescenta.
Segundo o texto, o pensamento do filosofo também auxiliou na criação de 1 suporte total e sem precedentes ao “único e verdadeiro político nacionalista brasileiro no último século, Jair Bolsonaro“. Aliado a isso, havia a Lava Jato, que “pôs luz nas profundezas dos planos do PT em destruir o país“.
Araújo afirma ainda que “tudo conspirou contra o nascimento da nação“, mas Deus auxiliou na transformação do país. “Foi a divina providência que guiou o Brasil por todos esses passos, reunindo as ideias de Olavo de Carvalho co a determinação e o patriotismo de Jair Bolsonaro? Eu acredito que sim“, afirma.
O título do texto é em referência à fala do porta-voz do ex-primeiro-ministro do Reino Unido Tony Blair, Alastair Campbell. Na ocasião, questionado sobre a religião de Blair, Campbell interrompeu a pergunta e afirmou: “Nós não debatemos Deus“.
No fim da publicação, Araujo diz “Bom, no Brasil, nós debatemos“.
Fonte: PODER 360
Créditos: PODER 360