Movimentos sociais e de oposição convocaram para o dia 19 deste mês uma nova leva de protestos contra o presidente Jair Bolsonaro. O anúncio foi feito pelo líder do Movimento dos Trabalhadores Sem Teto (MTST), Guilherme Boulos (PSOL-SP), após os representantes das entidades terem se reunido para fazer um balanço dos atos. Havia divergências entre as lideranças sobre levar as pessoas às ruas no momento em que os casos de Covid-19 voltaram a crescer no país, mas prevaleceu a visão de que seria importante aproveitar o embalo político criado com a adesão de milhares de manifestantes aos protestos realizados no último sábado, 29.
No anúncio, Boulos afirmou que os atos respeitarão os protocolos sanitários, com uso de máscaras e distanciamento entre os participantes. “Nós não vamos esperar sentados, passivamente, até 2022, vendo nosso povo morrer de fome ou morrer de vírus”, afirmou. “Vamos seguir nas ruas para interromper esse governo da morte.”
Na terça-feira, 1º, Boulos havia afirmado a VEJA que a realização da Copa América no Brasil, em meio ao recrudescimento da pandemia, seria um catalisador para novas manifestações. Em 2013 e 2014, a oposição à Copa do Mundo de 2014 impulsionou vários protestos de rua sob o slogan “Não vai ter Copa”. Segundo o calendário divulgado pela organização do torneio, haverá jogos da competição nos dias 18 e 20. As partidas serão disputadas nas cidades de Brasília, Rio de Janeiro, Goiânia e Cuiabá.
Como aconteceu nas manifestações da oposição no dia 29 de maio, os próximos protestos ocorrerão na semana seguinte a uma “motosseata” — um passeio de Bolsonaro com simpatizantes motociclistas. O próximo ato bolsonarista será no dia 12 de junho e será organizado por evangélicos, sob o mote “Acelera para Cristo”.
Fonte: Veja
Créditos: Polêmica Paraíba