O presidente eleito Jair Bolsonaro (PSL) reiterou na manhã de hoje, em sua conta pessoal na rede de microblog Twitter, que está determinado a abrir a caixa´preta do Banco Nacional de Desenvolvimento Econômico e Social (BNDES) em sua gestão. “Firmo o compromisso de iniciar o meu mandato determinado a abrir a caixa preta do BNDES e revelar ao povo brasileiro o que feito com seu dinheiro nos últimos anos. Acredito que este é um anseio de todos. Um forte abraço!”
Nesta quarta-feira, em Brasília, onde deu o start oficial dos trabalhos do grupo de transição do governo, o capitão da reserva disse que pretende abrir os arquivos dos contratos do BNDES já na primeira semana de sua administração, em janeiro.
O BNDES, ao lado da Petrobras, já esteve no alvo de investigações da Polícia Federal. Nas gestões do PT, por exemplo, a instituição financiou empresas de Eike Batista e dos irmãos Joesley e Wesley Batista, além das obras do Porto de Mariel, em Cuba.
Para ter acesso aos dados desses financiamentos, contudo, o presidente eleito terá de quebrar o sigilo que recai sobre boa parte dos contratos. Tal sigilo foi imposto pela ex-presidente Dilma Rousseff, sob alegação de “preservação da privacidade dos atos referentes à gestão bancária”. (Elizabeth Lopes – [email protected])
O BNDES, para uma fonte que acompanha esse imbróglio, sempre foi apontado como uma caixa de pandora que esteve a serviço dos interesses dos governos do Partido dos Trabalhadores. Nesse período de gestão do PT, ocorreram empréstimos milionários para as empresas de Eike Batista, para o grupo J&F dos irmãos Wesley e Joesley Batista, para a empresa Delta, para a construção do Porto de Mariel, em Cuba e para as arenas futebolísticas que sediaram a Copa do Mundo no Brasil, como a Arena Corinthians, dentre outras.
Para abrir o sigilo dessas operações, entretanto, Bolsonaro terá de driblar o sigilo imposto por Dilma Rousseff nos contratos da instituição, sob alegação de “preservação da privacidade dos atos referentes à gestão bancária”. Com isso, apenas parte dos beneficiários dos vultosos recursos destinados se tornaram públicos.
Projeto de lei para derrubar o sigilo bancário das operações de financiamento do BNDES chegou a tramitar no Senado Federal no ano passado, através do requerimento de urgência do projeto de lei de autoria de Lasier Martins (PSD-RS). A urgência foi derrubada por 33 votos contrários, de senadores capitaneados principalmente pelo PT e MDB.
Fonte: Broadcast político
Créditos: Broadcast político