A armadora MSC deverá pagar R$ 110,3 mil à Prefeitura de Santos, no litoral de São Paulo, como ressarcimento dos gastos ocasionados pelos sucessivos mutirões de vacinação para conter o surto de sarampo a bordo do navio Seaview, o maior a operar na temporada. A administração municipal quer que o valor seja pago em equipamentos à cidade.
O Ministério da Saúde confirmou surto de sarampo a bordo do navio em fevereiro deste ano, após 13 tripulantes terem sido diagnosticados com a doença. A Agência Nacional de Vigilância Sanitária (Anvisa) executou protocolos de segurança e determinou que além de funcionários, todos os passageiros, inclusive em novas escalas, fossem vacinados.
A Prefeitura de Santos auxiliou o trabalho da autoridade sanitária federal mobilizando, no terminal de passageiros do Porto de Santos, 60 profissionais, que totalizaram 614 horas trabalhadas, ao longo dos últimos três meses. O valor das ações de contenção da doença, ao fim da temporada, foram cobrados pela administração à armadora do navio.
A administração municipal não quer o dinheiro, mas equipamentos que tenham o valor correspondente para equipar policlínicas, como câmaras de armazenamento de vacinas, geradores e computadores. Um oficio foi enviado na sexta-feira (5) à empresa, que acatou prontamente ao dizer que irá atender a solicitação feira pela Secretaria de Saúde do município.
“Certamente estamos comprometidos em trabalhar em conjunto com a Prefeitura fazendo essa contribuição e reiterando assim o nosso compromisso com a comunidade e o município de Santos. Neste sentido, nos reuniremos com a Prefeitura de Santos nas próximas semanas para definir conjuntamente os passos seguintes”, declarou.
Sarampo
Além dos tripulantes, passageiros que se hospedaram no Seaview também tiveram a confirmação da doença em Santos, em São Paulo e no Pará. Nos municípios, as secretarias de saúde realizaram ações para conter o avanço da doença e o bloqueio vacinal de pessoas próximas aos pacientes, incluindo vizinhos.