"Se necessário, abro mão"

‘Não podemos ter sete ou oito candidatos de centro’, diz Temer na TV

O presidente Michel Temer afirmou que pode desistir da sua pré-candidatura à reeleição pelo MDB caso ocorra “uma conjugação política” em torno da unificação das candidaturas consideradas como ao centro.

‘Não podemos ter sete ou oito candidatos de centro’, diz Temer na TV

O presidente Michel Temer afirmou que pode desistir da sua pré-candidatura à reeleição pelo MDB caso ocorra “uma conjugação política” em torno da unificação das candidaturas consideradas como ao centro. “Se for necessário, abro mão com a maior tranquilidade”, disse. A fala foi feita durante uma entrevista ao programa Poder em Foco, do SBT, exibida na madrugada de domingo para esta segunda-feira.

Para Temer, ”se nós quisermos ter o centro, não podemos ter sete ou oito candidatos”. Questionado por um dos jornalistas presentes sobre quais seriam esses candidatos, o atual presidente citou o ex-governador Geraldo Alckmin(PSDB), os ex-ministros Henrique Meirelles (MDB) e Guilherme Afif (PSD), o empresário Flávio Rocha (PRB) e o ex-presidente do BNDES Paulo Rabello de Castro (PSC). Aliado com quem teve relação turbulenta nos últimos meses, o presidente da Câmara Rodrigo Maia (DEM) só foi incluído na relação após nova intervenção da bancada.

O emedebista também comentou a possibilidade de Joaquim Barbosa (PSB), ex-presidente do Supremo Tribunal Federal, engrossar a lista de candidatos. Apesar de reconhecê-lo como um “sujeito sensato”, criticou a possibilidade de que ele seja eleito por “ser negro e ter sido pobre”. “Não é esta razão que vai fazer com que fulano seja ou não seja presidente”, argumentou.

Boa parte da entrevista foi dedicada a um comentário do presidente a respeito do depoimento que sua filha, Maristela Temer, prestou à Polícia Federal no âmbito de um inquérito que investiga se Temer e seus familiares se beneficiaram de vantagens indevidas. Ele chegou a lamentar que “estejamos conversando sobre isso ao invés de conversarmos sobre o Brasil”.

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“Foi uma reforma regularmente paga e regularmente esclarecida”, defendeu, a respeito de uma obra na casa de Maristela utilizada como um dos possíveis exemplos dos recursos ilícitos, que, de acordo com o inquérito, podem ter se originado de empresas do setor de portos.

Alvo de duas denúncias criminais em 2017, o emedebista disse não ter medo de que seja apresentada uma terceira acusação formal contra ele, que seria “tão pífia quanto as anteriores”. Para o presidente, a decisão da PF de pedir a prorrogação do inquérito por mais sessenta dias indica que não existam elementos concretos para imputá-lo. “Os investigadores não têm dados suficientes, após 150 dias, para dizer que o presidente está incriminado”.

Fonte: Veja
Créditos: Veja