Os surtos de sarampo em vários estados brasileiros – entre eles, São Paulo – estão obrigando a rede pública de saúde a fazer reforços na vacinação na população.
Todos os vacinados com duas doses no primeiro ano de vida estão imunizados, mas, falhas na cobertura podem ter ocorrido, pois, com o passar do tempo, o esquema de vacinação no Brasil foi trocado. “Algumas pessoas que estão adoecendo são adultos jovens, isso quer dizer que não foram imunizados de acordo com o programa de dose dupla”, afirma o infectologista Alberto Chebabo, do laboratório Exame.
De maneira geral, a indicação é que as pessoas que não recordam se tomaram ou não as duas doses voltem aos postos de saúde para se vacinar. O intervalo entre a primeira e a segunda dose deve ser de, no mínimo, 30 dias. Se estiver na faixa etária entre 30 e 49 anos, o cidadão poderá tomar apenas uma dose e, se tiver mais de 50 anos, não precisa tomar.
O infectologista destaca que se a vacinação não é aplicada de acordo com a metodologia das duas doses, o tempo de proteção é menor e, portanto, a barreira contra o sarampo menos efetiva. “O reforço é importante, não pode ser desprezado”, afirma.
Algumas cidades estão vacinando toda a população. No DF, a Secretaria de Saúde anunciou nessa segunda-feira (05/08/2019) que o reforço será administrado e, portanto, basta ir ao posto de saúde mais próximo para atualizar a carteira de vacinação. Em outros locais, as pessoas que não tomaram vacina podem recorrer ao sistema privado de saúde, pagando pela vacina.
Outra coisa importante: quem já teve sarampo uma vez não precisa tomar reforço, a quantidade de anticorpos produzidos durante a enfermidade será suficiente para o resto da vida. Em geral, a decisão do poder público sobre oferecer ou não o reforço para toda população está sendo baseada no grau de circulação do vírus.
Fonte: Metrópoles
Créditos: Érica Montenegro