Sem a ampliação ideológica nos bastidores e com a perda de fôlego dos participantes, a oposição a Jair Bolsonaro desistiu de sair às ruas contra o presidente no feriado da Proclamação da República, na próxima segunda-feira (15), e começou a admitir o fim do ciclo de grandes marchas.
De acordo com o jornal Folha de São Paulo, a esperança de reeditar no 15 de novembro um palanque diverso e representativo como nas Diretas Já, o movimento pelo voto direto para presidente que aproximou políticos divergentes, artistas e nomes da sociedade civil no fim da ditadura militar (1964-1985), acabou frustrada diante dos conflitos e impasses.
Ainda segundo a apuração da Folha, a ideia de aproveitar a data cívica surgiu como reação aos atos organizados por Bolsonaro e apoiadores no 7 de Setembro. Nomes da oposição pensavam ser capazes de agregar líderes políticos e sociais de peso, avançando em relação ao levante convocado para 2 de outubro.
O cenário, porém, estava cada dia mais desfavorável. Uma das causas foi a fragmentação no segmento da esquerda, dividida entre as pré-candidaturas de Luiz Inácio Lula da Silva (PT) e Ciro Gomes (PDT) para o Planalto no ano que vem, e a resistência à participação de forças à direita.
Por outro lado, o deputado federal Kim Kataguiri, um dos fundadores do MBL – que também fez atos contra Bolsonaro-, disse ao Congresso em Foco que as manifestações não fazem mais parte da agenda do movimento no curto e médio prazo. “A gente viu que não tem clima para mobilização. No fim, isso pode beneficiar mais o governo do que atrapalhar”, disse
Fonte: Folha e do Congresso em Foco
Créditos: Polêmica Paraíba com informações da Folha e do Congresso em Foco