doutrinação?

Movimento de direita leva crianças e adolescentes de escolas públicas em protesto contra o aborto

O ministro Abraham Weintraub criticou o que ele chamou de "coação" de alunos para participarem de atos em defesa da Educação

Caravanas de escolas públicas participaram, na ultima quinta-feira (30), de uma manifestação em Goiânia contra a descriminalização do aborto. A 11ª Marcha Goiana da Cidadania em Defesa da Vida contou com a presença de alunos de Ensino Fundamental e Médio uniformizados de pelo menos cinco instituições, contrariando a nota do MEC (Ministério da Educação) do dia anterior que proíbe professores, alunos e responsáveis de estimular protestos durante o horário escolar.

Fotos e áudios enviados à redação pelo estudante universitário Rafael Oliveira mostram a chegada das caravanas de estudantes com os uniformes de diferentes colégios. “Enquanto estive por ali, contei a chegada de cerca de cinco ônibus escolares, e havia mais descendo desde o setor universitário”, conta Oliveira. O evento foi promovido entre as 14h e as 18h, dentro do horário letivo.

Uma estrutura foi montada na Praça Cívica, no centro da capital goiana, para receber os estudantes. “Às escolas que chegaram, que estão chegando, pedimos que se apresentem na secretaria, esta tenda branca”, comunica um organizador em alto falante, pedindo também que os responsáveis pelas caravanas mantivessem contato dos motoristas.

O mesmo locutor saúda a caravana de uma escola localizada a mais de 15 km do centro de Goiânia: “Mais uma escola que acaba de chegar à nossa marcha, Colégio Estadual Parque dos Buritis, sejam bem vindos à nossa 11ª marcha da cidadania pela vida contra o aborto no nosso país”.

Já o MEC se limitou a uma nota padrão, onde afirma que “O sistema e-Ouv recebeu cerca de 380 registros de quarta-feira (29) até a manhã de sexta-feira (31). As denúncias de coação de alunos e professores registradas no sistema são de cunho sigiloso e serão analisadas pela Ouvidoria. Após esse processo, deverão ser encaminhadas para os órgãos de investigação competentes caso se confirmem as denúncias”

 

Fonte: Revista Fórum
Créditos: Revista Fórum