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Morre Francisco Weffort, ex-ministro da Cultura de FHC, aos 84 anos

Weffort foi cientista político e um dos fundadores do Partido dos Trabalhadores (PT). Ele saiu da sigla em 1994 para assumir a pasta

O ex-ministro da Cultura Francisco Weffort morreu, no Rio de Janeiro, aos 84 anos. O falecimento aconteceu após um procedimento médico, segundo a Folha de S. Paulo, nesta segunda-feira (2/8).

O cientista social havia sido diagnosticado com um problema de coração recentemente e, no sábado (31/7), sofreu um desmaio. Ele chegou a ser preparado para uma cirurgia de desobstrução de artérias e colocação de uma válvula na aorta.

No entanto, Weffort não resistiu aos procedimentos iniciais.

Weffort deixa a mulher, Helena Severo, e quatro filhas. Ele será enterrado em São Paulo, mas a família ainda não decidiu se fará algum tipo de cerimônia.

Carreira

Formado em Ciências Sociais pela Universidade de São Paulo (USP), o ex-ministro participou da fundação do Partido dos Trabalhadores, onde ocupou o cargo de secretário-geral. Na década de 1990, entretanto, ele saiu da sigla e passou a adotar um posicionamento político mais central.

Em 1994, Weffort foi convidado a assumir o cargo de ministro durante o governo de Fernando Henrique Cardoso (PSDB), que havia sido seu professor durante a graduação.

O cientista social ocupou o cargo de ministro da Cultura entre 1995 e 2002, período em que defendeu o aumento do orçamento da pasta e implantou a Lei do Audiovisual. A medida permite que empresas privadas abatam do Imposto de Renda o valor que investirem no financiamento de projetos na área.

Weffort fundou e presidiu a Associação Nacional de Pós-Graduação e Pesquisa em Ciências Sociais (Anpocs) e foi pesquisador do Centro de Estudos da Cultura Contemporânea (Cedec). Além disso, o cientista social atuou como professor no Wilson Center e no Helen Kellogg Institute, nos Estados Unidos.

Ele escreveu obras clássicas na ciência política, como “Formação do Pensamento Político Brasileiro”, “Por que Democracia” e ” Qual democracia?”.

 

Fonte: Metrópoles
Créditos: Metrópoles