Nesta segunda-feira (12), a mãe da modelo Nayara Vit, Eliane Marcos Vit, fez uma postagem nas redes sociais avisando amigos e familiares sobre as últimas homenagens à filha. A modelo caiu do 12º andar do prédio que morava no Chile na madrugada de quinta-feira (8). A mãe dela mora em Porto União, no Norte catarinense.
Nayara tinha 33 anos e era considerada uma celebridade na capital chilena. Nas redes sociais a modelo tinha mais de 24 mil seguidores.
“Ela era completa, viveu tudo de bom e de ruim com muita velocidade. […] Saudade do que não vivemos, saudade do que poderíamos ter feito”, consta na nota publicada.
Segundo o irmão de Nayara, Guilherme Vit, o corpo da modelo não pode ser encaminhado ao Brasil porque as investigações estão em curso. A família descarta a hipótese de suicídio e suspeita de feminicídio.
No local, além da modelo, estava o namorado dela, a filha, de 4 anos, e uma babá. Até agora, segundo ele, ninguém foi preso. Haverá o velório e sepultamento do corpo nesta terça-feira (13) no Chile.
“Estamos em tratativas com o Itamaraty, pedindo ajuda para que solucionem este caso o mais breve possível para que assim possamos trazer o corpo de Nayara ao Brasil e realizar o seu pedido de ser cremada e suas cinzas jogadas ao mar”, consta na nota publicada pela mãe nas redes sociais.
O Itamaraty diz em nota que “por meio da Consulado-Geral do Brasil em Santiago, está prestando assistência cabível à família da vítima, respeitando-se os tratados internacionais vigentes e a legislação local”.
Também informou que em casos de morte de brasileiros no exterior, os consulados podem “prestar orientações gerais aos familiares, apoiar seus contatos com autoridades locais e cuidar da expedição de documentos, como o atestado consular de óbito. O traslado ou não dos restos mortais de brasileiros falecidos no exterior para o Brasil é uma decisão da família. Não há previsão regulamentar e orçamentária para o pagamento do traslado pelo poder público”.
Guilherme Vit afirma que o desejo de Nayara era de que suas cinzas fossem jogadas no mar de Florianópolis. A família da modelo é natural de Cuiabá, mas o pai e a mãe Nayara moram no estado catarinense.
“Por ordem dos advogados, iremos esperar encerrar o processo [de investigação] para realizar esse desejo dela”, disse o irmão.
Queda
Nayara caiu do prédio onde morava, em uma área nobre de Santiago. Segundo o irmão, Nayara chegou a ser socorrida mas não resistiu aos ferimentos. A família informou que descarta a hipótese de suicídio. A suspeita, segundo Guilherme, é que o namorado da modelo esteja envolvido.
“A Nayara não tinha nenhum histórico de depressão e zero indícios que cometeria qualquer ato desse”, conta o irmão.
Ele diz que a família soube da morte pelo ex-marido da modelo. Segundo Guilherme, uma amiga de Nayara ligou para ele, avisando que ele precisaria buscar a filha pois Nayara tinha “se matado”.
“Porém, quando ele chegou ao local, estranhou não ter a polícia investigativa no apartamento e o namorado dela [estava] agindo estranho. Ele questionou a babá da neném se ela tinha ouvido alguma coisa. A babá falou que ouviu um barulho de vaso caindo, posteriormente um grito da Nayara e depois, a queda dela”, relembra Guilherme.
Em razão da Covid-19, a família informou que não consegue ir até o país, nem para o enterro e nem para auxiliar nas investigações.
É o ex-marido de Nayara, segundo Guilherme, que está tratando diretamente com o governo chileno. A família informou que está em contato com a embaixada brasileira no país para realizar o traslado do corpo assim que for possível. A modelo vivia no Chile há 16 anos.
Fonte: G1
Créditos: G1