A paranaense Maressa Nunes, de 31 anos, espancada durante um assalto em Santiago, no Chile, já recebeu alta hospitalar. A informação foi confirmada pela família, que acompanha a recuperação dela em terras chilenas.
“Minha expectativa é chegar no Brasil, operar e poder me olhar com outros olhos”, disse Maressa em entrevista ao programa Encontro, da TV Globo, na manhã desta quarta-feira (3/7).
De acordo com a polícia chilena, a paranaense deve prestar depoimento ainda hoje, antes de embarcar para o Brasil.
“Misto de muitas emoções”
Segundo as investigações, a agressão contra Maressa e uma amiga, com quem dividia o apartamento, foi cometida por três homens, que ainda não foram presos.
As investigações também apontam que o principal suspeito pelo crime tem envolvimento com outras ações violentas parecidas.
“Em relação ao momento que estou vivenciando, eu não consigo nem explicar, porque é um misto de muitas emoções e, infelizmente, todas elas negativas”, falou a jovem.
Maressa afirmou que teve fraturas no nariz e em um osso localizado abaixo dos olhos: “Tinha uma suspeita [de fratura] do maxilar, mas levei pontos.”
Lutou contra criminosos para proteger amiga
A amiga da brasileira Maressa Nunes afirmou que ela lutou contra os três criminosos para protegê-la.
“Eu tenho certeza que o que ela fez ali foi para nos proteger, porque a gente ia ser estuprada. Eu não sei explicar como está a minha cabeça agora, eu estou muito aflita. Eu deixei um pouco minhas dores de lado para socorrer minha amiga porque ela precisava bem mais”, contou a amiga, que preferiu não se identificar, em entrevista à RPC.
No dia do ocorrido, em 24 de junho, a amiga dividia apartamento com a paranaense Maressa. Elas decidiram pedir comida por meio de um aplicativo de delivery. Um homem bateu na porta e, pensando ser o entregador, as vítimas abriram. Foi aí que o suspeito anunciou o assalto. Ambas foram agredidas.
“Quando a Maressa abriu a porta, o cara já foi entrando. Eu escutei e fui para a sala. Aí, ele já me deu uma coronhada porque eu gritei, e minha cabeça abriu, jorrando de sangue. E ele já levou a gente pro banheiro”, disse a amiga.
As agressões só cessaram quando vizinhos escutaram os gritos e chamaram a polícia.
Metrópoles