Na madrugada desta segunda-feira (29), a pernambucana Cinthya Moura, 24, viralizou nas redes sociais após se apresentar na Bolívia com um traje inspirado em Nossa Senhora Aparecida. Ela representou o país no Reina Hispanoamericana 2023, tradicional concurso de beleza latino, que chegou a sua 32ª edição.
Em tons de dourado, o vestido usado pela modelo ostentava uma fenda frontal, uma gola alta e um véu transparente, com fios azuis-claros, que vinham da cabeça aos pés, formando uma cauda que se arrastava ao chão conforme ela caminhava. A roupa foi criada pelo estilista mineiro Hélcio Junior, bastante conhecido por fazer vestidos exuberantes para misses brasileiras.
Na ocasião, a Miss Brasil ficou em terceiro lugar, enquanto a venezuelana Fernanda Rojas se classificou em segundo. A peruana Maricielo Gamarra, 28, foi a vencedora da noite. Esta é a segunda vez consecutiva que o Peru conquista a coroa, uma vez que a vencedora do ano passado foi a também peruana Arlette Rujel, 24.
Completaram o grupo de seis finalistas as misses Michelle Arceo, das Filipinas (4º lugar), Bianty Gomperts, de Curaçao (5º), e Paula Alarcón, da Colômbia (6º).
Cinthya, que foi vice Miss Grand Brasil 2023, disputou o posto com outras 26 candidatas e tentava conquistar o sexto título brasileiro na competição. Antes dela, cinco brasileiras já conquistaram o título, que teve como primeira vencedora a paulista Patrícia Godói, em 1991. Depois vieram Carolina Muller (1995), Cecilia Valarini (2003), Francine Eickemberg (2006) e Vivian Noronha (2008). O jejum para o Brasil é de 16 anos.
Não muito conhecido por aqui, o Reina Hispanoamericana é um concurso latino que faz parte de um circuito importante dentro do setor. Ele surgiu para celebrar a beleza hispânica e tem crescido de forma gradual. Algumas características singulares o destacam para ocupar esse patamar de relevância. Uma delas é que ele acontece religiosamente todos os anos desde que surgiu, e no mesmo lugar.
Com sede na Bolívia, a disputa se passa todos os anos na cidade de Santa Cruz de La Sierra, exceto em 2004 e 2005, quando foi realizado em Cochabamba. Vale lembrar que em 2020 não houve concurso, por conta da pandemia de Covid-19. Sua principal característica é a de oferecer, ao mesmo tempo, oportunidades para misses em diferentes momentos da carreira e também a chance de consolidar a experiência na indústria da beleza.
Exemplo disso é que, entre as brasileiras candidatas, algumas já haviam sido ou depois se tornaram Miss Brasil das franquias Universo ou Mundo, as duas principais vigentes hoje no país. Entre elas estão a paulista Patrícia Godói (Miss Brasil Universo 1991), a goiana Jane Borges (Miss Brasil Mundo 2006), a mineira Tamara Almeida (Miss Brasil Mundo 2008), a amazonense Mayra Dias (Miss Brasil Universo 2018) e a carioca Gabrielle Vilela (Miss Brasil Mundo 2017 e Miss Grand Brasil 2018).
Fonte: Folha uol
Créditos: Polêmica Paraíba