"1000 dias sem respostas"

Mil dias sem Marielle e Anderson: de 'alarmaço' na Câmara a homenagens nas redes sociais

 

Exatamente às 8h desta terça-feira diversos relógios despertadores posicionados em frente à Câmara de Vereadores do Rio de Janeiro, na Cinelândia, tocaram simultaneamente. Juntos, eles formavam a frase: “1000 dias sem respostas”. A intenção da ação organizada pela Anistia Internacional e o Instituto Marielle Franco era chamar atenção para a investigação sobre a morte da vereadora e do motorista que a conduzia, Anderson Gomes, neste dia em que as famílias de ambos amargam a contagem de mil dias desde a execução

A Anistia Internacional destaca que são mil dias não apenas sem respostas, mas sem justiça e cheios de saudades. Para a organização, a ação desta terça “É pela família de Marielle. É pela família de Anderson. É pela democracia brasileira. É pelo estado de direito” e ressalta que exige “saber quem mandou matar Marielle Franco e por quê”. Para o Instituto Marielle Franco, a intervenção mostra que pretendem “continuar lutando por justiça e que já passou da hora de sabermos quem mandou matar Marielle e por quê”.

— Anistia Internacional Brasil

Além da manifestação no Rio, coletivos de diversas regiões fizeram intervenções para relembrar o crime. Grupos protestaram em cidades como Belo Horizonte, Brasília, Florianópolis São Paulo e Vitória.

Nas redes sociais, a hashtag “1000diassemMarielle” é um dos assuntos mais comentados do Twitter no Brasil. Políticos e familiares das vítimas fizeram postagens em homenagem à vereadora e Anderson.

 

O deputado Marcelo Freixo (Psol), amigo de Marielle, esreveu: “Marielle foi minha grande companheira de luta. Caminhamos juntos por 10 anos no nosso mandato, até ela se eleger vereadora e se tornar ainda mais importante na luta por um Rio melhor. Que mandou matar Marielle?”.

A também deputada Talíria Petrone (Psol) lamentou a saudade que sente da amiga: “Mil dias sem sua risada. Mil dias sem seu tapa no ombro. Mil dias sem você, Mari. Mil dias que lutamos por respostas: quem mandou matar Marielle? Por quê? Mil dias de luta”, compartilhou.

Agatha Arnaus, viúva de Anderson Gomes, fez uma postagem em uma rede social em homenagem ao marido: “1.000 dias! Anderson, sei que onde você estiver, está sorrindo e cuidando de nós. Por aqui, seguimos focando no Arthur, lembrando de momentos engraçados que vivemos ao seu lado e buscando respostas. Sua partida causou e causa muita dor, há momentos de choro, de dor e de revolta, mas seguimos com fé de que compreenderemos tudo”.

A irmã da vereadora, Anielle Franco, compartilhou como a família ainda vive o luto: “Uma madrugada inteira ouvindo minha mãe chorar. O que estamos vivendo desde o dia 14 de maio eu não desejo a ninguém. Eu queria mesmo era ter o dom de sanar a dor da minha mãe, curar meu pai, sempre proteger a Luy, e voltar no tempo. Por aqui há muita saudade e dor, mas é preciso seguir”.

Fonte: Extra
Créditos: Polêmica Paraíba