Rumo à Itália

Michel Temer decide extraditar terrorista Cesare Battisti

O presidente Michel Temer (MDB) decidiu nesta sexta-feira, 14, extraditar para a Itália o ex-ativista italiano Cesare Battisti, que vive no Brasil desde 2004 e foi condenado à prisão perpétua no país europeu pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970.

Presidente Michel Temer com ministro Henrique Meireles, participa da cerimonia de Sanção da Lei Modesrnização Trabalhista.  Brasilia, 13-07-2017Foto: Sérgio Lima/PODER 360
Presidente Michel Temer com ministro Henrique Meireles, participa da cerimonia de Sanção da Lei Modesrnização Trabalhista. Brasilia, 13-07-2017Foto: Sérgio Lima/PODER 360

O presidente Michel Temer (MDB) decidiu nesta sexta-feira, 14, extraditar para a Itália o ex-ativista italiano Cesare Battisti, que vive no Brasil desde 2004 e foi condenado à prisão perpétua no país europeu pelo assassinato de quatro pessoas na década de 1970. À época, ele integrava a organização Proletários Armados pelo Comunismo (PAC).

O entendimento de Temer se dá depois de o ministro do Supremo Tribunal Federal (STF) Luiz Fux determinar, nesta quinta-feira, 13, a prisão de Battisti. A Polícia Federal buscou o ex-ativista em endereços relacionados a ele e o considera foragido. Segundo a PF, ele “está em lugar incerto e não sabido”.

Em novembro de 2009, o plenário do STF havia autorizado a extradição do ex-militante de esquerda, pedida pelo país europeu em 2007. No último dia de seu mandato, em 31 de dezembro de 2010, no entanto, o então presidente Luiz Inácio Lula da Silva autorizou Cesare Battisti a ficar no país e negou a extradição.

Na decisão desta quinta, Luiz Fux entendeu que, como o STF havia determinado que Battisti fosse extraditado, o asilo pode ser revisto por outro presidente da República. Tanto o presidente Michel Temer quanto o futuro ocupante do Palácio do Planalto, Jair Bolsonaro, que toma posse em janeiro, já haviam demonstrado a intenção de mandar Cesare Battisti de volta à Itália. Ele teve um filho com uma brasileira.

 Em outubro de 2017, Battisti foi preso pela Polícia Federal em Corumbá (MS) por, segundo a PF, tentar cruzar a fronteira com a Bolívia carregando 6.000 dólares e 1.300 euros. Ele ficou três dias detido, até ser libertado por uma decisão do Tribunal Regional Federal da 3ª Região (TRF3). Um mês depois, a Itália pediu ao governo Temer que revisse o asilo político a Battisti.

A reportagem busca contato com a defesa de Cesare Battisti.

Fonte: VEJA
Créditos: VEJA