O médico Denis Cesar Barros Furtado, conhecido como ‘Dr. Bumbum’ e responsável por realizar um procedimento estético na cobertura de um apartamento na Barra da Tijuca, no Rio de Janeiro, que matou a mato-grossense Lilian Calixto, tem passagens por homicídio, porte ilegal de arma, ameça e também é réu em mais de dez ações na Justiça.
Só no Tribunal de Justiça do Rio de Janeiro (TJRJ), o médico é réu em mais de dez processos. Em um dos casos, ele e a mãe, Maria de Fátima Barros – que também está foragida – , respondem por problemas com a venda de um apartamento. O comprador alega que pagou R$ 100 mil, além de ter pago dívidas de condomínio e IPTU, mas o imóvel teria sido invadido por Maria, que teria se recusado a assinar a escritura.
A mãe do médico alegou que invadiu o apartamento porque não sabia que tinha sido vendido e que a venda foi feita por uma intermediária que não tinha procuração para a negociação. Pela polícia, o ‘Dr. Bumbum’ tem as seguintes passagens: Homicídio (1997); Porte de arma (2003); Crime contra a ordem pública (2003); Resistência a prisão (2006 e 2007); Exercício arbitrário da própria razão (2007) – quando a pessoa excede no direito de reagir em legítima defesa e Violação de domicílio (2007).
Além disto, Denis Furtado foi indiciado quatro vezes pela Polícia Civil do Distrito Federal por exercício ilegal de medicina e crime contra o consumidor. Em novembro de 2017, foi alvo de uma operação realizada em uma clínica clandestina mantida no Lago Sul, área nobre de Brasília. Ele ainda não foi denunciado à Justiça e, portanto, não é considerado réu.
Durante a operação em Brasília, foram apreendidos documentos, dinheiro, material hospitalar e três armas – duas pistolas .380 e uma espingarda calibre .12 – sem registro no Ministério da Justiça. Por causa das armas, chegou a ser detido em flagrante, mas foi liberado após pagar fiança.
Em Brasília (DF), duas pessoas procuraram a delegacia para denunciar o médico e reclamar de procedimentos que não deram certo. Cada um deles custava entre R$ 10 mil e R$ 20 mil. O delegado Paulo Márcio Meireles Rodrigues também revelou que Denis fazia até procedimentos proibidos, como implantes hormonais para fins estéticos.
O caso
Segundo fontes ouvidas pelo Olhar Direto, Lilian teria ido para o Rio de Janeiro fazer um preenchimento de glúteo com PMMA, no sábado (14), pela manhã. Primeiramente, a cirurgia estaria marcada para acontecer em Brasília, mas foi transferida em cima da hora para o Rio. Ela trocou a passagem e foi.
No sábado, após o procedimento, Lilian chegou a sair do local onde foi atendida para ir jantar. Logo depois, começou a passar mal e foi hospitalizada e sofreu um mal súbito. A hora da morte foi registrada às 2h da madrugada. No entanto, o Hospital teria ligado para o telefone do responsável – uma amiga, a única que sabia que ela faria o procedimento – só doze horas depois, às 14h deste domingo (15).
Lilian foi gerente do antigo HSBC e estava, agora, à frente das contas do banco Bradesco. Natural de Barra do Bugres, ela era muito conhecida na capital. Ela deixa dois filhos. Um rapaz de 25 anos, e uma menina de 13, além do marido
O Conselho Regional de Medicina (Cremerj) abriu procedimento para apurar o caso. Famoso nas redes sociais, o médico possui mais de 600 mil seguidores e ofertava procedimentos de estética no Rio, em São Paulo e em Brasília. Nas redes sociais, ele é conhecido como ‘Doutor Bumbum’, em alusão aos procedimentos que realizava.
PMMA
Conhecido popularmente como ‘metacril’ ou PMMA, o polimetil-metacrilato é um plástico rígido, transparente e incolor, que há alguns anos tornou-se popular em procedimentos estéticos de preenchimento, as chamadas bioplastias, principalmente nos glúteos. A prática caiu em desuso por tratar-se de um produto não absorvível pelo corpo humano e, consequentemente, um procedimento arriscado. (Com informações do G1)
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Fonte: olhar direto
Créditos: olhar direto